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Bike Azores

A experimentar o verdadeiro sentido da palavra liberdade!

18.06.14

A (minha) II Maratona (meia) BTT Monbike


Rui Pereira

Tenho tido vontade de escrever algo sobre bicicletas, mas infelizmente falta-me matéria, já que tenho pedalado menos do que queria (devia). No entanto, no final de maio participei num evento de ciclismo que se revelou uma excelente experiência a vários níveis, falo da Maratona BTT Monbike.
Assim que tive conhecimento da realização da segunda edição deste evento desportivo decidi que iria participar, tanto porque tinha falhado a primeira, tal como eram apresentados alguns atrativos. Ser um evento sem um caráter predominantemente competitivo, ser um modelo que me despertava curiosidade pela novidade e acima de tudo pelo seu cariz familiar.
Paralelamente ao evento principal e em conjugação com a Expolab, onde se centrava toda a logística da prova, realizou-se uma série de atividades para os mais novos, com destaque para a Mini-Maratona Expolab.
Após a decisão a primeira dúvida foi: meia ou maratona? Optei pelos mais acessíveis 30km anunciados, mesmo consciente que não teria acesso à beleza de uma boa parte dos trilhos, contudo poupava-me a esforços exagerados, já que o objetivo principal era mesmo divertir-me.
A minha companheira de sempre, a velhinha e fiel FSRxc (se é que se pode chamar velhinha a uma bicicleta com 5 anos!) estreava um guiador reto de 700mm de comprimento e calçava os pneus mais rolantes que tenho à disposição (Fast Trak versão antiga).
Depois de uma vista de olhos ao percurso via Google Earth, as expetativas eram as melhores.
Instantes antes da partida, para além da apreensão habitual, estava preocupado em encontrar companhia pois não me estava a apetecer fazer o percurso sozinho. Logo na primeira subida em terra e depois de uma volta pela Lagoa que serviu de aquecimento, fiquei junto daqueles que seriam os meus (excelentes) companheiros de prova (Miguel Sousa, Miguel Oliveira e Jacinto Franco), até ao cortar da meta! Basicamente, estávamos em sintonia no que toca ao ritmo imposto e aos objetivos.
Em jeito de resumo a organização esteve em grande nível. O percurso, muito bem marcado, era variado e divertido.
Deu para matar saudades de uma jornada de BTT como deve ser…
De facto, se há palavra que carateriza verdadeiramente a minha participação neste evento, esta palavra é diversão!

13.06.14

Excesso de ruído!


Rui Pereira

Um dia destes li o editorial “Não falem de bicicletas!” no mais recente número da revista B. Este título tem tanto de peculiar como de assertivo.

De facto, o novo código de estrada e as supostas regalias dadas aos ciclistas tem gerado muita conversa, alguma dela mais acesa, onde se esgrimem argumentos de ambas as posições. Por um lado, os automobilistas que nunca se preocuparam tanto com as bicicletas e respetivos ciclistas, a sentirem-se ameaçados no seu domínio das estradas, e por outro, os ciclistas que por vezes se excedem na forma como marcam a sua posição e como assumem as regras que os “protegem”.

Está-se a endurecer o discurso e a extremar posições, nada abonatórias para uma sã convivência na estrada. Pior, nada abonatórias para as bicicletas e ciclistas. Tem vindo a público muita desinformação. Veiculou-se a ideia que os ciclistas só cumprem as regras de trânsito que os convém. Surgiu a ideia da obrigatoriedade do seguro para bicicletas… Tudo escusadamente!

Como ciclistas devemos continuar serenos (e calados!), independentemente das novas regras, tal como devemos assumir uma posição calma, consciente, cordial e defensiva. Até porque os elos mais fracos e os principais interessados somos nós!