Saltar para: Post [1], Comentar [2], Pesquisa e Arquivos [3]

Bike Azores

A experimentar o verdadeiro sentido da palavra liberdade!

23.02.18

Ciclovia da discórdia!


Rui Pereira

Quem me conhece sabe que não sou um grande defensor de ciclovias. Reconheço a utilidade e a importância destas estruturas viárias, mas não as acho determinantes para a mobilidade urbana, pelo menos tendo em conta a nossa realidade. Mais relevantes considero a disponibilização de lugares de estacionamento para bicicletas em pontos estratégicos e a inibição de circulação e acalmia do tráfego automóvel nos centros urbanos, dando prioridade à circulação de peões e de meios de locomoção suaves. Mas existe uma componente lúdica e de lazer das ciclovias que não é de descurar, pelo elevado nível de satisfação e de bem-estar que podem proporcionar.

 

ciclovia1.jpg


Neste momento, está em curso a execução de uma ciclovia na cidade de Ponta Delgada, num troço que faz a ligação entre as existentes ciclovias das Portas do Mar e da Avenida do Mar. Para além da ciclovia, a obra integra naturalmente todo o embelezamento da zona intervencionada, onde já é possível observar o excelente trabalho de calcetaria feito nos passeios e a existência de uma faixa ajardinada, que para além da função estética serve também de separador entre a zona destinada aos peões e a faixa destinada aos velocípedes.
Na minha opinião, pelo local em si, pela quantidade de pessoas que utilizam toda aquela faixa litoral e pelos constrangimentos sentidos pelas mesmas, para não falar no importante contributo para a promoção de hábitos de vida saudáveis e aprazíveis, esta obra faz todo o sentido, considerando-a mesmo fundamental.

 

ciclovia2.jpg


Publicações inflamadas em redes sociais é algo de que fujo a sete pés, não leio, nem muito menos argumento, mas, às vezes, influenciado pelo tema, esbarro com uma ou outra e respetivas reações. Dois minutos chegam e sobram para entender o discurso indignado do costume. São só privilégios para as bicicletas e para quem anda nelas, não pagam qualquer taxa ou imposto de circulação, não têm seguro... (e por aí a fora), e ainda usam faixas de rodagem automóvel para fazer uma ciclovia, para uma minoria! Tempo perdido, portanto. Salvam-se os comentários de quem tenta fazer ver o outro lado. Gabo-lhes a vontade!

 

ciclovia3.jpg

 
Sigamos os bons exemplos e o que é premente e suposto seguir. Não é suposto criar entraves a um meio de locomoção que é encarado por todos como parte da solução, pois não? E é suposto criar-se condições para que as pessoas virem costas ao comodismo e venham para a rua exercitar-se em prol da sua saúde física e mental, beneficiando do melhor que o local onde vivem tem para oferecer, não é?
Então pronto.

2 comentários

  • Imagem de perfil

    Rui Pereira

    26.02.18

    Obrigado.
  • Comentar:

    Mais

    Se preenchido, o e-mail é usado apenas para notificação de respostas.

    Este blog tem comentários moderados.