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Bike Azores

A experimentar o verdadeiro sentido da palavra liberdade!

16.11.16

Zabela & Besuga - Doutô Bcecléte - GPS


Rui Pereira

Zabela & Besuga: É uma espécie de rubrica do blogue, onde o Zabela (personagem fictícia que caricatura um homem simples da ilha de São Miguel, que se desloca para todo o lado com a sua bicicleta) escreve tal como fala, com um carregado sotaque micaelense, e a Besuga é exatamente a sua fiel e amada bicicleta, companheira crónica de inúmeras aventuras.
Doutô Bcecléte: Alter-ego do Zabela, um especialista (não credenciado) em bicicletas.

 

Olá petchenas e rapazins, tude bem?
Más uma dúveda que chegou a essas minhas mãzinhas hablidosas!
Vames lá entã.


Sr.Dr.Bcecléte,
Todes os mês amigues usim aparelhes GPS e tamam gostava de tê um. Acha que precise même disse?
Anacleto


Olá Anacleto,
E ê é que sê?
Pronte, gostava de ajudá, ma nã vá sê fácil.
- E porquié? - perguntas tu.
Porque ê nã use nada dessas mariquices eletrónecas!
Sem, desculpa, mas ache même que sã mariquices... eletrónecas!
Até podes sê daqueles que achim uma campainha (trim-trim) uma mariquice e munte pese pá bcecléte, e preferes andá distraíde a tocá im botazins!
É verdade que se nã tens isse nã vás metê as tuas voltas no faceboque e vã todes achá que nim sabes andá de bcecléte, ma tamam ninguém intnica contigue.
Vou sê diréte e sincere. Nã, nã precisas nada desses aparelhes, até porque sã cares, avareiam e atrofiem o tê sentide de orientaçã!
Bota sintide nessa palavra - atrofiem - porque tive o trabalhe de i o dicionáre pra tê a certeza do que queria dizê.
Se même assem, nã quisés sabê do que te digue, tivés ouros a más e quisés fazê mania pós tês amigues, compra lá isse, mas depous nã digas que nã avisê!
Nã ajudê nada, pous nã?
Orientaçã rapazim!


Bêjes e abraces.

21.09.15

Clássico vs. Moderno… Ou clássico e moderno tudo misturado!


Rui Pereira

A única forma que tenho de quantificar os meus passeios de bicicleta é através da sua duração. O que é chato e limitado, já que não posso partilhar com ninguém, todos os pormenores dos mesmos e assim provar que aqui este menino, em cima de uma bike, não é para brincadeiras! Seja lá o que isso quer dizer…

Não tenho ciclo-computadores, nem muito menos aparelhos GPS todos pipis que registam tudo e mais alguma coisa. E que custam os olhos da cara! Nem sequer utilizo aquelas aplicações no telemóvel, até porque mesmo que quisesse não podia, já que o meu telemóvel não as suporta. Sim, é daqueles que só fazem e recebem chamadas!

Mas não se pense que sou assim tão básico. Um dia perdi a cabeça e comprei um monitor de frequência cardíaca de pulso. Em promoção, não era! Batimentos, zonas de treino, calorias e estas cenas todas. Sou moderno ou não sou?

Pronto, vá lá, acho que já ninguém usa isso e confesso, eu próprio nem sempre o utilizo… Ou melhor, levo o aparelho no pulso, até porque preciso do relógio, mas o sensor fica em casa. Já agora, enerva-me um bocado quando ele está no modo de treino e não consigo ver as horas e tenho de andar a fazer contas…

Já tentei ver as horas pelo sol, mas primeiro, não dá muito jeito estar a andar de bicicleta na bisga a olhar para o céu, segundo, isso cá está sempre nublado, e terceiro, tendo em conta as duas razões anteriores e não dominar assim tão bem a técnica do relógio solar, eleva demasiado a margem de erro. E chegar a casa tarde, não ter a mesa posta e já não estar ninguém à nossa espera é aborrecido. Principalmente a parte de não ter a mesa posta!

Tenho uma bicicleta sem mudanças. Heresia! E com o carreto fixo. E sem travões. E não é por ter qualquer problema com a obesidade ciclística. Tenho porque gosto. Para alguns, porque sou parvo! Mas insisto, é simplesmente porque gosto. Quanto à parte de não ter travões é mentira, mas também só tem um na dianteira e não trava assim tanto como isso. Tenho aqui um conjunto de perna e meia que resolve muito do trabalhinho necessário. Vamos lá ver!

O material da maioria das minhas bicicletas é o aço. Uns melhores do que outros. Apenas a renegada BTT é de alumínio. M4 dizem… Não sei o que é! Carbono? Também não sei... Ouvi dizer que era plástico, mas em bom, não sei… Não me censurem, foi o que ouvi dizer…

As minhas bicicletas não são propriamente leves. Mas também não é algo que me dê grande abalo ou me faça comichão… Se às vezes fico cego para atirar a bicicleta por uma ribanceira abaixo? Tanta vez, mas quem nunca sentiu isso que atire a primeira bicicleta, mesmo que ela demore mais tempo a chegar lá abaixo e nem faça grande mossa nas conteiras quando chega!

Mas porquê esta opção mais tradicional? - Perguntam-me vocês.
Porque gosto muito de coisas clássicas e antigas e prefiro rumar por este caminho mais simples, alternativo e diferenciador. Porque, mesmo que quisesse, dificilmente teria suporte financeiro para fazer face a toda esta euforia de modernidade, tecnologia e eficiência. E essencialmente, porque não desejo nem muito menos necessito de todas estas coisas…