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Bike Azores

A experimentar o verdadeiro sentido da palavra liberdade!

08.06.08

V-Strom para sempre!


Rui Pereira

São 03:55 da manhã, estou à quase 3 horas sem conseguir adormecer. Tive este tempo todo deitado a pensar, sobretudo em motos, no fundo, aquilo que venho agora registar.
Todos já sabem as minhas preferências, as minhas opiniões, no que às motos se referem, uma vez que tenho deixado isso aqui bem patente por inúmeras vezes. No entanto, os meus sonhos e desejos têm por base um mundo ideal, que não é exactamente aquele em que vivemos.
Já no mundo real, as coisas não se processam exactamente da mesma maneira e convém ter os pés assentes no chão, ou preferencialmente, com umas botas calçadas, sobre os estribos retráteis em alumínio revestidos a borracha de uma Suzuki DL650 V-Strom.
Mais do que a 1000, este modelo de 650cc da Suzuki, encerra em si, a um preço adequado, uma série de qualidades, que principalmente depois de as “provar”, não deixa ninguém indiferente.
Não será a moto mais apaixonante, nem a mais bonita, nem tão pouco a mais performante, mas em coisas tão simples, como a hora de subir um passeio, circular com a mesma facilidade num caminho em mau estado ou numa estrada de asfalto recente, passear a dois com total conforto e segurança, não querer levar com vento, impor presença perante os condutores de veículos de 4 rodas, entre muitas outras, faz a diferença.
Para os mais exigentes, a “alma” da V-Strom tem a dualidade necessária, que mesmo tendo uma subida de potência suave e progressiva, a partir de certas rotações vai revelando todo o seu potencial, acompanhado por sonoridade a condizer.
Aliando-se a uma ciclistica equilibrada, apesar da sua envergadura, esta moto mostra uma apetência natural para as curvas e uma agilidade surpreendente em percursos acidentados, contrapondo com uma excelente estabilidade em percursos onde impera a velocidade.
Julgo que não se pode falar em história motociclistica micaelense, mas se fosse o caso, diria que a V-Strom, deixa a sua marca nesta história com uma inegável aceitação e respectivo sucesso comercial, reflectindo uma atitude positiva, o bom gosto e a maturidade de muitos motociclistas micaelenses.
Mais do que o seu sucesso de vendas, realço o elevado nível de satisfação dos seus proprietários, mesmo de quem já não as tem, por uma qualquer razão. Curioso é também o facto de quem as teve, mas por paixão, ou impulso do momento, a ter trocado por motos (teoricamente melhores na maioria dos casos) de segmentos tão distintos e ao fim de algum tempo voltar a elas.
Ganha o equilíbrio, a prática e o compromisso, no fundo, as suas grandes virtudes!
Para mim, tiro 2 lições, não que sejam novidade, mas faço-o de forma mais vincada:
1ª Só damos valor às coisas quando não as temos!
2ª Mesmo controlados e com bom senso todos temos os nossos momentos de loucura!
E o meu foi em Agosto de 2007, quando me desfiz da minha…