08.06.16
Sem mudanças 1
Rui Pereira
Tenho as saídas rotinadas com a minha bicicleta sem mudanças. Que mesmo já não se apresentando no modo carreto fixo, não deixa de ser no mínimo curioso!
Das bicicletas que tenho disponíveis para os passeios semanais, esta seria a visada no que toca à maior limitação de utilização, no entanto, tem sido a eleita na hora de ir para a estrada.
Claro que a este facto não será alheio o tipo de volta que faço, mas mesmo assim, a bicicleta de estrada seria uma opção mais previsível.
Já falei várias vezes no desafio de andar numa bicicleta com estas caraterísticas e até dos seus constrangimentos, mas há um apelo que não consigo explicar, que não me faz hesitar na altura de a tirar do suporte.
Talvez o seu encanto passe mesmo por aí, por ser mais difícil e assim uma opção menos óbvia. Por todas as suas caraterísticas, destacando a sua imagem distinta e irreverente.
Aos seus comandos sinto-me bem, sinto-me diferente. E não estou a falar de caganças de quem faz questão de ter uma extravagância com o objetivo de impressionar os outros.
Esta bicicleta é simples na sua conceção, para alguns até um retrocesso desnecessário. Para mim, tem tudo o que é preciso, mesmo tendo menos que as outras, ao ponto de ser recorrentemente a escolhida.
De facto, menos pode ser mais ou simplesmente aquilo que é, exatamente o que me basta!