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Bike Azores

A experimentar o verdadeiro sentido da palavra liberdade!

30.05.22

Em "Outra De Coisa Nenhuma"


Rui Pereira

E dos pretextos para escrever, hoje tenho um bom.
A autora do blogue Outra de Coisa Nenhuma, que em tempos pedia que não lhe dessem ouvidos, escreveu sobre algo que é muito especial para mim – Música!
Sinal de que não levo muito a sério os nomes dos seus blogues.
Ao contrário dela, a música é o meu maior refúgio. Acho que sempre foi. O meu principal recurso para o bem e para o mal. No bem e no mal.
Se não me emociono assim tantas vezes, arrepio-me regularmente a ouvi-la e é uma sensação muito boa. Normalmente associada a músicas que me trazem boas recordações, só por si, não tendo de estar necessariamente associadas a momentos ou circunstâncias especiais.
Não tenho devoções absolutas, nem de estilos nem de bandas, mas sou um apreciador confesso de Metal, embora todos os estilos sejam de considerar, nem que se resumam apenas a uma música.
Também gosto dos Depeche Mode, embora os ouça pouco. Curioso: Ouço mais os seus temas como “covers” de bandas Metal do que os próprios a tocar.
E também não danço em público. Digo que não gosto de dançar. Mas é mentira. Embora seja verdade que não saiba fazê-lo...

 

30.05.22

Escrita condicionada


Rui Pereira

Tenho várias imagens na galeria do telemóvel a aguardar legenda. São elas o ponto de partida para mais um texto. Ou uma música.
Ontem saí de bicicleta. Já não acontecia há algum tempo. Peguei na mais fácil e fui com a ideia de uma volta mais breve e tranquila.
A volta aconteceu segundo os parâmetros pré-estabelecidos, mas não houve nenhum registo fotográfico. Não encontrei motivo. Aliás, o vento fresco de norte e os mesmos cenários de sempre desencorajavam qualquer paragem para o efeito.
As voltas de bicicleta que levam a um ou mais registos, que por sua vez motivam uma publicação, nem sempre acontecem. Às vezes, estas últimas, são a junção de vários fatores avulsos com a minha vontade de ser mais assíduo.
Sei que levei uma música na cabeça, mas não me lembro qual… Mas já que estou numa de coisas desencontradas posso usar qualquer outra como banda sonora. Ou, se calhar, nenhuma. Deixar que as palavras falem por si, mesmo que não tenham assim tanto para dizer.
De vez em quando leio alguns dos meus textos mais antigos e acho que perdi alguma da capacidade que tinha para escrever. Preciso de tantos pretextos e que, mesmo assim, não são suficientes.
Agora é que é, mas nunca chega a ser.

O vento fresco na cara, a velocidade, as irregularidades do piso que impactam no meu corpo através da bicicleta, a condução, a resposta física ao esforço…
A volta de bicicleta foi produtiva. É sempre, mesmo que não fique registado nenhum momento específico. Aliás, os registos são e devem ser acasos, e não condicionamentos da pedalada.

 

27.05.22

[Kiss] “While Your Lips Are Still Red”

Nightwish


Rui Pereira

Estou sem posição. Incomodado. Mazelas, maleitas…
São da idade. E das asneiras.
A idade não perdoa - dizem.

Uma bicicleta vermelha... Vermelho-vivo!
A idade também passa por ela e também tem mazelas.
Mas são diferentes. Recuperáveis.

As minhas são como os beijos que ficaram por dar...



19.05.22

Acasos


Rui Pereira

estacao_comboios.jpg

 

Acredito nos acasos. Em vidas que se cruzam. Em estar no lugar certo, à hora certa. Mesmo aqueles tão improváveis, mais raros, acontecem. Às vezes acontecem e achamos que não, porque não estávamos atentos, não permitimos que se concretizassem. Gosto de acasos. De estar sentado numa estação à espera, de pernas esticadas, uma sobre a outra e, de auscultadores nos ouvidos a selecionar a próxima canção, levantar a cabeça… Não! Gosto da surpresa do acaso. Do nervoso miudinho, do acelerar do ritmo cardíaco. Mesmos dos acasos que não chegam a sê-los, porque um dos intervenientes estava distraído... Eu vi. Foi o meu acaso de qualquer maneira e gostei dele. Passou. Foi um acaso sem consequências. Volto a esticar as pernas e coloco uma sobre a outra. Baixo a cabeça e escolho a canção…

 

 

19.05.22

Tanto e tão pouco em comum…

Música


Rui Pereira

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O preconceito existe sempre…

Metal não está propriamente na moda, mas também não é de modas que se trata. Estou a falar de música. De música mais extrema. De um género que engloba uma enormidade de subgéneros que, com base na ignorância e no preconceito, são tidos como um só e, invariavelmente, adjetivados de “barulho”.
Ninguém é obrigado a gostar, eu próprio eclético, também não gosto de tudo o que ouço. Mas gosto mesmo de muita coisa e encaro tudo com a devida naturalidade.

Lana Del Rey
Ainda não tinha “explodido” como artista e já lhe reconhecia mérito. A melancolia e o encanto do seu som, muito apontado como cinematográfico e, a remeter-nos para outra época, imagem e estética incríveis. A atitude. A beleza. A carga dramática. A melodia com a dose certa de romantismo, fatalidade e decadência. Cativante. As letras. A sua voz. As palavras embaladas, carregadas, às vezes, arrastadas.

Lana Del Rey e Metal podem ter tanto e tão pouco em comum…


"Dark Paradise" não será o tema mais conhecido da sua discografia, mas é sem dúvida um dos melhores!


*Provavelmente a publicação mais desconcertante que se poderá encontrar por aqui.

10.05.22

Trilho sombrio


Rui Pereira

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Sigo de cabeça baixa sem destino. Sinto o peso da inclinação nas pernas. Pesado é também o pensamento. Nem sempre a pedalada desanuvia logo o nublado que existe aqui em cima e, ao invés, torna-o ainda mais carregado. Por vezes é preciso ir até ao fundo para começar a subir.
Para começar de novo.
As pedaladas são catárticas. Onde se desbravam os piores cenários. Através das quais saímos da sombra, nos livramos da bruma.
Da escuridão para o esclarecimento.
Levanto a cabeça e é como se a neblina tivesse ficado para trás. Olho o céu e as árvores. A atenção divide-se agora entre o desafio a que submeto o corpo e a natureza que me rodeia.
Tanto verde. Ergo o corpo e carrego os pedais com mais afinco. Doem-me as pernas…
Olho novamente o céu. Suspiro.

 

09.05.22

Marcas...


Rui Pereira

As bicicletas perfeitas só existem no Instagram. As bicicletas reais não são perfeitas!

Bruno Sousa, @mitriates

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É com algum desconforto que verifico as marcas deixadas por uma queda. Mesmo sabendo que é muito difícil manter uma bicicleta imaculada a partir do momento em que circulamos com ela, custa-me sempre aceitar este facto.
A bicicleta que tinha recebido atenção ao nível técnico e estético, e que tinha ficado impecável, esteve comigo de rojo pelo asfalto!
Há quem diga que as marcas contam histórias. Que são sinal de uso. Que lhe dão caráter...
Muito sinceramente, preferia que estivesse impecável.

 

09.05.22

BIKES vs CARS

Documentário


Rui Pereira

Ontem não andei de bicicleta. Hoje, vim de carro.
O dia acordou incrível. Céu limpo, pouco vento, fresco, ideal para andar de bicicleta.
Ontem não estava bom para andar de bicicleta. Depois até ficou, mas deixei-me ficar em casa.
Hoje arrependo-me. Porque não saí, porque exagerei nas porcarias que comi. Em casa exagero sempre.
Mas vi um bom documentário – BIKES vs CARS. Ganhei ainda mais noção da gravidade do problema. Da triste realidade. Do braço de ferro. Do peso da indústria automóvel. Dos números. Da coragem e persistência de quem faz da bicicleta o seu meio de transporte. O seu modo de vida…
Gostava tanto de ter vindo hoje de bicicleta para o trabalho!

 

04.05.22

De comboio


Rui Pereira

comboio.jpg


Podia muito bem fazer várias metáforas entre a minha vida e um comboio…

Tenho um certo fascínio por comboios. E nem sei bem porquê?
Talvez porque não os temos. Porque gostava de brincar com eles quando era pequeno...
Marcam a paisagem. Eles e as suas linhas.
São bonitos, característicos e tão úteis…
Motivam o pensamento e a contemplação!
São românticos. Dignos de cena de filme.

Existem vários comboios e alguns não são bem assim, mas os que circulam no meu imaginário são.

 

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