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Bike Azores

A experimentar o verdadeiro sentido da palavra liberdade!

24.11.22

Uma questão de idade

Skates


Rui Pereira

Sobre skates e surfskates. Conversa com um rapaz que conheci por estarmos os dois a andar de skate.

- Vou fazendo aquilo que posso à minha maneira. Comecei tarde e depois a idade...
- Eu também comecei tarde. A idade não interessa.
- Pois, também é verdade. Que idade tens?
- 31.
- Tenho 46!
- Ah, pois, já é outra idade.
- Pois...
  (Risos)

ripsurf.jpgEste é um waveboard, não um surfskate, mas há falta de melhor imagem...

 

11.11.22

Dirt Jump(s)

GT La Bomba e NS Bikes Zircus


Rui Pereira

Esta fotografia ficou boa. Tenho de a meter no blogue.
Mas o que é que vou escrever para justificar a sua publicação?
Hummm…

dirt_jumps.jpg
Credo, tão brilhantes! A minha (GT) é mais bonita!


Ah, já sei… Uma daquelas frases típicas de fim de semana.
(Meia metida a martelo)

Ora cá vai:
Fim de semana é sinónimo de dirt jump e pump track.

Siga!

10.11.22

Bike Azores e o SAPO

Blogue


Rui Pereira

bikeazores_edit.jpg
Azores Atlantic Surfers / Raiders (Imagem editada)


O histórico deste blogue indica uma existência de 16 anos: 2006-2022.
Na verdade, as publicações mais antigas, que não consigo quantificar ao certo, foram importadas de outros blogues que tive.
Os números podem induzir em erro, mas o certo é que já me dedicava à escrita muito antes disso. Aliás, perdi variado conteúdo naquelas decisões intempestivas de apagar um blogue de um dia para o outro.
Já não me lembro o porquê da opção, mas o facto é que vim parar ao SAPO. Comecei timidamente e sem saber bem que posição assumir, mas o resultado final foi a criação do Bike Azores, já lá vão alguns anos.
Este é o meu blogue mais duradouro até agora, talvez porque representa efetivamente aquilo que quero e gosto. O mais consensual e alinhado com a minha atitude, prioridades e preferências. Não que os anteriores não o fizessem de certa forma, mas apanharam o auge das minhas fases de indefinição e transformação.
Não parei no tempo, mas, relativamente às temáticas que abordo, para além do seu reforço, não tem havido mudanças substanciais de há alguns anos a esta parte.
O blogue é com certeza um reflexo disso mesmo. A minha casa virtual recheada de publicações tão distintas, mas ao mesmo tempo tão iguais.
O SAPO é a minha casa mais ampla, uma plataforma que me recebeu bem e me tem acarinhado sempre. De um toque na justificação dos textos aos destaques, de um convite para participar numa rubrica sazonal à partilha de uma aventura noutro produto do universo SAPO. De uma reação a um comentário do Pedro Neves.

09.11.22

SMG FIXED - Algumas considerações

Volta à Ilha de São Miguel em Bicicleta de Carreto Fixo


Rui Pereira

smgfixed_eu.jpg
Ela quis descansar um pouco a caminho das Furnas. Chiu...


Gostava de fechar este ciclo de textos sobre a minha volta à ilha com algumas considerações.

- Mais do que os dois dias efetivos de pedalada (15 e 16/10), esta volta começou muito antes e continuou até agora. Manteve-me ativo e ocupado.
- Devolveu-me o entusiasmo, a motivação e aquela dinâmica de criação de conteúdos escritos, e não só, que procurava e não estava a conseguir encontrar.
- Deu-me mais confiança e autoestima.
- Aclarou-me o facto de eu ser muito mais do que aquilo que faço como atividade profissional.
- Mostrou-me a importância da força psicológica e que a física não estava tão mal como pensava.
- Reforçou a ideia de que o meu percurso como utilizador de bicicletas ficará para sempre marcado pela presença das fixed-gear.
- O carreto fixo é aquele ingrediente que faz toda a diferença no resultado final da receita, seja ela qual for.
- O estado de espírito positivo produz pensamentos equivalentes.
- Às vezes antes só do que mesmo bem acompanhado.
- Não vale a pena fazer as coisas se não houver gosto e entusiasmo. Fica tudo mais fácil e natural.
- A dimensão de um desafio pode jogar a nosso favor se com ela tivermos alinhados.
- A atitude é tudo.

“As limitações físicas contam, mas as psicológicas determinam.”

08.11.22

SMG FIXED - “Despe-te que Suas”

Volta à Ilha de São Miguel em Bicicleta de Carreto Fixo


Rui Pereira

Progredia no percurso. Os desníveis não permitiam fazê-lo de forma tão calma como pretendia. Nas subidas mais ingremes tinha de erguer-me do selim e pedalar com convicção. Nas descidas tinha de agarrar o guiador, dosear o travão dianteiro e usar as pernas como se fossem o travão traseiro para conter a rotação dos pedais. Estava mais ou menos a meio do segundo dia e os quilómetros acumulados faziam-se sentir.
Em certa zona da costa norte da ilha, com as suas freguesias, o trajeto parece estar sempre a repetir-se. Numa das habituais descidas, que terminam em pontes seguidas de subidas, percebi que era especialmente longa e acentuada. Olhei para a minha direita para tentar vislumbrar o que me esperava. Sim, era uma subida… equivalente à descida, claro.
Mais palavrão menos palavrão, calquei os pedais a ritmo lento, erguido, com os olhos no chão. Senti o peso nas pernas, a pulsação a disparar e a respiração ofegante cada vez mais audível. Veio-me à cabeça um sábio conselho que tinha recebido uns dias antes:
”… e saber que, se for preciso ir a pé com a bike pela mão, também é válido. O importante é curtir a viagem!”
Se calhar é o melhor que tenho a fazer – pensei.
Progredi mais uns metros e já via umas curvas lá no topo que com certeza fechavam esta sinuosa subida. Parei. Atravessado na faixa fiquei de frente para uma espécie de vale fundo com frondosa vegetação. Uma zona de clareira que permitia ver a descida do outro lado. E o muro baixo que me separava daquele cenário fez-me tomar consciência das consequências de um possível descuido. Até agarrei o guiador com mais força. Posicionado entre este e o selim, com o sapato direito encaixado no pedal e o esquerdo no chão, aproveitei para “acalmar” um pouco e ponderar o que fazer.
Continuar ou desmontar?
Olhei para cima e depois para baixo... deixei a bicicleta deslizar, montei o selim e encaixei o sapato. Ganhei balanço e virei para cima decidido.
Sabia que estava no Nordeste, mas não exatamente onde, até que vi uma placa indicativa de um miradouro… “Despe-te que Suas”.

despe-te_que_suas.jpg
Captura da história que fiz para o instagram no momento, ainda a tentar que o coração não me saísse pela boca!

 

04.11.22

SMG FIXED - De mochila às costas

Volta à Ilha de São Miguel em Bicicleta de Carreto Fixo


Rui Pereira

A primeira coisa que fiz quando tive a ideia da volta à ilha foi fazer uma lista de necessidades. Daquelas à antiga numa folha de papel escrita a esferográfica. Para além daquilo que precisaria, desta folha acabou por constar indicação dos trajetos e possibilidades de alojamento. Ora esquecida, ora mais presente, esta folha era a materialização do compromisso, como que a dizer - olha amigo, tens isso aqui para fazer. Não te faças de distraído!
A lista inicial cresceu, mas nada de muito significativo. Um dos meus princípios era manter as coisas simples. Aliás, como se nota pela escolha da bicicleta. Se há bicicleta simples e minimalista… Se o seu minimalismo me facilitou a vida, já é outra história.
Também não queria facilidades. Daí ter levado a minha “bagageira” às costas.
Sim, tomar banho, dormir e ter um pequeno-almoço continental num hotel, mas de mochila às costas em autonomia. E sim, nem mesmo o meu princípio da simplicidade me impediu de a encher com algumas coisas que se revelaram perfeitamente dispensáveis.

smg_fixed_mochila.jpg
Nem foi preciso pedir se me podia guardar a mochila.

 

03.11.22

SMG FIXED - Querer chegar ao fim e...

Volta à Ilha de São Miguel em Bicicleta de Carreto Fixo


Rui Pereira

E lá estava eu, sozinho, em cima da bicicleta, de mochila às costas, a contemplar o silêncio e os verdes que ladeavam a estrada, com um misto de sentimentos que não é inédito… querer chegar ao fim e, ao mesmo tempo, não querer que acabasse.

SAPO Viagens


Esta canção é absolutamente incrível.

 

02.11.22

SMG FIXED - Tudo alinhado

Volta à Ilha de São Miguel em Bicicleta de Carreto Fixo


Rui Pereira

Fui pessoalmente ao hotel no domingo (02out), em jeito de antevisão da minha chegada de bicicleta à Povoação. O meu filho teve jogo para aqueles lados e levei a bicicleta para o efeito. Para a estadia de 15 a 16 de outubro haviam 6 quartos disponíveis. No dia seguinte, quando decidi efetivar a reserva, já só havia um…
O prazo para o pagamento do alojamento estava a terminar quando consultei as previsões meteorológicas para o fim de semana e não eram muito animadoras. Ainda faltavam alguns dias, por isso nada de entrar em pânico. Com o passar do tempo o cenário menos positivo que se esperava para o fim de semana foi adiado para os dias seguintes.
Alojamento e estado do tempo – Ok.
Esgotaram-se as desculpas. Que por acaso até não foram muito usadas a partir do momento em que decidi que o dia 15 seria o ideal para o arranque desta aventura, por nenhuma razão em especial. A semana que precedeu a mesma serviu para acrescentar alguns itens à checklist que tinha e para ir colocando vistos em todos eles.
Bicicleta – Ok.
Estava tudo alinhado. Agora o sentido era só um… para a frente!


roubaix_agua_ferrea.jpgA bicicleta de testes e uma fonte de água férrea. Uma ida às Furnas implica quase sempre beber água "azeda".

 

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