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Bike Azores

A experimentar o verdadeiro sentido da palavra liberdade!

15.12.23

Desvarios físicos e alimentares!


Rui Pereira

Não sou disciplinado e gosto muito de usar a expressão:

“Perdido por cem, perdido por mil.”

Não é bem porque gosto, é mais porque me dá jeito.
Na verdade, sou um exagerado e tenho um grande problema com doces.
Mais, consigo ingerir grandes quantidades de comida, independentemente dos doces.
É para deixar claro que aqui o menino não come só saladinhas nem cenas “fit”, como algumas pessoas pensam.
Como toda a gente, tenho os meus momentos de “desgraça”.

«Ah, é bulking!», manifesto em minha defesa.
É bulking é...


2017


O facto, é que faço exercício regular desde os 19 anos. É um hábito mais do que implementado. O que não quer dizer que, muitas vezes, me apeteça tudo menos ir para o chão fazer flexões.
E se este texto serve para alguém, é essencialmente para mim. A ver se me cura dos frequentes lapsos de memória de que padeço.
Também tenho momentos de disciplina e até alguma rigidez (pouca). O exercício é fundamental para o meu bem-estar físico e psicológico, mas a alimentação é que dita as regras. E nem vale a pena estar com mais argumentos ou desculpas.

Vamos por as coisas por ordem de grandeza:
- 1.º Saúde; 2.º Bem-estar; 3.º Estética
- 70% Alimentação; 30% Exercício físico

Ah, também convém ter um descanso de qualidade e não descurar a importância do sono em toda a equação.

Não ando obcecado com o facto de ter "quase" 50 anos, até estou a borrifar-me para isso, mas não há como negar que com a idade as coisas processam-se de uma forma e a um ritmo diferentes, por isso, há que ter algum juízo!
Ainda ontem, numa das muitas reflexões filosóficas que faço com o meu camarada de "treino", falámos nisso. Falou ele, com um ar condescendente e resignado, perante mais um dos meus exageros!

Chegamos a uma conclusão unânime - temos de virar bichos. E, entretanto, chego a outra sozinho - sou muito mais bicho sentado à mesa do que pendurado na barra de elevações!

rui_pocos_saovicente.jpg
2023


É possível comer de tudo e não entrar em fundamentalismos e exageros sem sentido. O cuidado deve ser uma definição muito clara do que é a regra e o que são as exceções.
Não fundamentalista também deverá ser a abordagem ao exercício físico. Não tenho paciência nenhuma para conversas de “atletas”, digo já. A solução passará por fazer atividades que se goste minimamente (também se aprende a gostar) e manter a diversidade, regularidade e intensidade na prática.
A partir do momento em que se tornam hábitos, deixam de ser sacrifícios e passam a ser parte integrante de um estilo de vida, com todos os benefícios associados.

«Olha, Rui... campeão! Podes comer um bombom de chocolate. Vá, até podes comer dois... três, pronto. Não é a caixa toda!»

14.12.23

De bicicleta ao peito


Rui Pereira

roupa_bicicleta.jpg


Gostar de bicicletas é muito mais do que simplesmente andar nelas.
Construí todo um estilo de vida à sua volta.
Influenciam-me de diversas formas e em várias áreas.
Abundam nas minhas redes sociais e nos conteúdos digitais que consumo.
Têm um lugar especial entre os meus livros.
Tudo o que encontro que lhes diga respeito interessa-me.
Penso muito nelas e sobretudo escrevo.
Perto, ao lado ou em cima de uma estarei bem com certeza.
Visto-as. É normal trazer uma ao peito.
E mesmo que não se vejam… estão cá sempre!

12.12.23

"Heart Like a Grave"

Insomnium


Rui Pereira

Years of disappointment
And disillusion
All I see in the mirror now
Is an old man with a heart like a grave

Até ao final deste ano completo 48 anos. Mesmo para mim, que não sou de números, é bastante claro que estou a bater nos 50 não tarda…
Visivelmente, mantenho um ar aceitável, com alguma jovialidade e irreverência. Para isso contribuem a minha forma de estar e atitude, as atividades que pratico.
A descontração existe, sem dúvida, mas por vezes é aparente. Muitas vezes ensombrada por níveis de preocupação e pessimismo sem sentido.
Um lado negro que tento expurgar com mais escuridão, tristeza e melancolia, através da música, em manifesto contrassenso.
É a minha aliada. É solidária, coloca-se na minha pele, compreende-me. Rasga comigo as amarras que me prendem, com a força das letras e a agressividade da melodia.
São anos de união. De aliança. De resultados.
O que não impede que, ocasionalmente, me possa ver como um velho ao espelho…

 

12.12.23

Chuva com ele!


Rui Pereira

Duas horas no sofá à espera de melhoria do estado do tempo para poder ir dar uma volta de bicicleta!

Os últimos fins de semana não têm sido muito generosos. Chuva e vento com fartura. Ainda por cima maiores, encostados por dois feriados.
Farto, levantei-me decidido. Não quero saber, vou para a chuva!

velotoze.jpg


Vai de procurar as capas de silicone para os sapatos e vestir o equipamento.

O sair ou não de bicicleta acaba por ser um equilibrador do meu estado de espírito. Se não saio e não tenho uma alternativa viável (exemplos: caminhada, praia, skate…) fico basicamente lixado. Entregue à inércia e à preguiça, sem motivação para nada. Nem mesmo para aquilo que tem de ser feito.

«Ah, mas não deves ficar assim, aproveita para…»

Nunca tinha pensado nisso. Muito obrigado.
Não dá. Culpa minha. Admito.

À medida que ia avançando constatava que o tempo estava mesmo uma merd@. Da chuva não conseguia escapar, mas tinha de empenhar uma pedalada mais vigorosa para aquecer rapidamente. O pior é que a minha forma não está propriamente no auge (porque será?) e perante uma maior inclinação senti umas dores nas pernas consideráveis e até algo estranhas para mim. Entretanto, fui aquecendo e encontrei o meu ritmo. Esqueci as dores...

Como sempre, depois de me sentar no selim já não queria deixá-lo. Acabei por ir a duas cidades (Ponta Delgada e Ribeira Grande) e até dei um par de voltas na pump track.

Mesmo com os sapatos protegidos, cheguei a casa com os dedos dos pés dormentes e, claro, completamente molhado. Que se lixe. Não vou dizer que me soube pela vida, porque esta é uma afirmação que me irrita um bocadinho, mas bendita a hora. Que sirva de exemplo para futuros fins de semana com tempo da treta!