Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Bike Azores

A experimentar o verdadeiro sentido da palavra liberdade!

31.01.19

Mais uma bicicleta, menos um carro!


Rui Pereira

Nas minhas incursões de bicicleta pela cidade raramente encontro pessoas a fazer o mesmo que eu. Mais facilmente me cruzo com alguém de licra e bicicleta a condizer, treinando ou simplesmente dando uma volta, do que alguém com uma bicicleta banal, com roupa “normal”, vindo ou indo para o emprego ou outro qualquer local associado à sua rotina diária.
Claro que não sou o único, mas de facto somos poucos, muito poucos…
Hoje, a minha Órbita Classic teve companhia no sítio do costume.
Mais uma bicicleta, mais uma Órbita. E mais saúde, exercício e boa disposição.
Menos um carro na estrada. E menos poluição, espaço ocupado e comodismo!

orbitas.jpg

20.12.18

Órbita de carga!


Rui Pereira

A Órbita Classic carrega comigo, e não só. É o meu meio de transporte preferencial para curtas deslocações em meio urbano e, com a sua bagageira, uma simples caixa de fruta em plástico, mostra-se ainda mais apta para as tarefas necessárias. À primeira vista parece ser algo limitada, mas na hora da verdade, esta caixa mostra uma capacidade de carga surpreendente, tanto ao nível do volume como do peso suportado.

orbita_carga1.jpg
Esta minha Órbita, com a sua caixa, está sempre pronta para tudo!

orbita_carga2.jpg

04.09.18

Setembro sobre rodas!


Rui Pereira

Depois das férias é tempo de voltar às rotinas. De assentar. Setembro é o mês do regresso à atividade profissional, escolar, desportiva… No meu caso, é inclusive um período de reflexão que irá definir o que farei como atividade física daqui em diante. Não queria ter de estar a decidir sobre isso, já que tinha tudo tão equilibrado nos últimos anos – convívio/exercício/natureza, mas infelizmente vejo-me obrigado a fazê-lo. Independentemente da decisão, uma coisa é certa, a bicicleta mantém a função de meio de transporte.

A minha companheira de duas rodas associada às minhas rotinas diárias regressa finalmente ao ativo, depois de uma paragem forçada e consequente intervenção mecânica. Entretanto recorri à outra Órbita, a dobrável, e senti uma grande diferença. Foram poucos dias de utilização, mas que saudades da Classic. A Eurobici é uma bela bicicleta, mas demasiado limitada para a minha utilização. Em ambiente urbano já não me vejo em cima desta que foi a bicicleta com que dei as minhas primeiras pedaladas utilitárias.

O carro é velhinho e lembrou-se de reclamar alguma atenção. Às vezes esqueço-me que a manutenção automóvel é uma coisa chata, dispendiosa e que tem de ser feita. Vá lá que foi amigo e esperou que as férias acabassem… Por mim fazia uma boa parte da minha vida de bicicleta, mas, tendo em conta as circunstâncias, não é possível. Tenho esperança que um dia lá chegarei…

Hoje já sujei as mãos de graxa. Mas sujar a valer. Estava a fazer umas experiências com a transmissão da Classic quando a corrente saiu de onde devia estar e ficou engatada onde não devia. Ainda tentei remediar… tarde demais. Deu luta. Valeu-me a ajuda de um companheiro das bicicletas que passava no local. Cheguei mais tarde, com as mãos mais sujas e mais transpirado do que era suposto, mas cheguei.

Ontem apanhei chuva. Hoje que precisava de água para lavar as mãos não choveu.

E assim se vivem os primeiros dias do mês de setembro. Tudo sobre rodas...

19.12.17

Bicicletas e expetativas!


Rui Pereira

Nos últimos tempos a relação com as minhas bicicletas tem sido um pouco atribulada. Isso porque três delas resolveram presentear-me com avarias chatas de forma consecutiva. Curiosamente, as mais chatas e dispendiosas aconteceram nas minhas melhores bicicletas, pelo menos em teoria, já que estou a falar das mais bem equipadas no que aos materiais e equipamentos diz respeito. As mais caras, portanto.
Na prática não posso considerar estas as minhas melhores bicicletas, porque todas elas são muito diferentes entre si e por isso mesmo incomparáveis. O facto é que gosto de todas, da mais humilde e barata, à mais cara e sofisticada (se é que se pode considerar sofisticada alguma das minhas bicicletas), sem ordem de preferência, já que um dos critérios que privilegio é a funcionalidade e aquela que mais me é útil é exatamente a mais básica.
Todas elas têm o seu fim, tal como virtudes e defeitos. E as avarias também fazem parte da equação, quer se goste, quer não. São máquinas simples, mas são máquinas. O resto é uma questão de expetativas.
Ainda ontem falávamos no ranger (barulho irritante) do selim da minha Roubaix. E fui questionado em jeito de brincadeira: “O selim desta também faz barulho?” (estava com a minha ferramenta do dia-a-dia, a Órbita Classic), ao que respondi: “esta não faz barulhos, nem chateia!” Na verdade, ela não está a fazer nenhum barulho em especial, mas também não está isenta de falhas e problemas (só por acaso, o selim já nem é o de origem por ter apresentado um desgaste prematuro da sua forra)! O facto, é que os seus problemas não merecem a mesma importância, nem me chateiam tanto como acontece por exemplo com a Roubaix, e neste caso específico, com o ranger do seu selim. Também como poderia, já que só este elemento custava quase metade do que me custou a Órbita na totalidade!
Considerando tecnologias, sofisticações e custos tão díspares, é óbvio que o que se espera de cada uma delas e dos seus elementos seja também diferente, tal como as reações perante os factos, mesmo consciente de que os infalíveis não existem.
O que interessa é que, com mais ou menos custo (de preferência com menos), tudo se resolva e as nossas bicicletas fiquem aptas (não confundir com perfeitas) para desempenhar a sua função.

12.09.17

Modelos


Rui Pereira

orbita_classic.jpg


O cenário não é o ideal, é o possível. A fotografia de telemóvel, despretensiosa, não quis mais do que registar o momento da saída para mais uma relaxante volta de bicicleta. Mais um momento de prazer, paz e liberdade. Mais um momento de interação direta e eficaz onde a nossa energia gera movimento. A pose revela a admiração da ciclista pela sua singela montada. Um instante que fica e prova que a relação com uma bicicleta pode ser mais do que apenas pedalar nela, mas não colocando em causa que seja esse o seu fim maior…

18.05.17

De bicicleta, claro!


Rui Pereira

Fez recentemente cinco anos que tive a minha primeira experiência com a bicicleta como meio de transporte na cidade. Sem licras, sem encaixes, sem luvas e capacete. Simplesmente a roupa do dia-a-dia, eu e a bicicleta.
Tinha a minha Allez Steel há menos de um ano, quando aproveitei o facto do carro ir à revisão, para a integrar na minha rotina deste dia. E que belo dia fez, lembro-me perfeitamente.
Tal como me lembro das minhas primeiras pedaladas, onde o único peso que sentia era o da pasta que levava ao tiracolo. De facto, satisfação, leveza e até algum orgulho foi o que senti na altura!
Apesar dos sentimentos positivos, com as rotinas muito marcadas, a normal resistência à mudança e o comodismo, não passou de uma experiência única.
Alguns meses depois volto à carga e compro uma bicicleta dobrável para substituir o carro nas deslocações ridículas que fazia do trabalho para o ginásio e vice-versa, no intervalo para almoço. Entre outras. Não foi fácil. O estado do tempo pouco colaborativo e os processos por mecanizar faziam-me perder algum tempo e stressar um bocado, o que juntando à temperatura corporal por normalizar advinda do exercício (Cycling) fazia com que chegasse ao trabalho invariavelmente transpirado. Mas muito transpirado, mesmo. Outras vezes, cheguei molhado também por causa da chuva. Para rematar, com uma semana de utilização, a bicicleta acusa um problema técnico no quadro que comprometia a continuação do seu uso.
Entretanto o problema da bicicleta foi resolvido ao abrigo da garantia. Mas… desisti!
Passado mais de um ano e considerando uma situação que me era alheia - fecho do ginásio, tive de adaptar-me a uma nova realidade. Bem diz a sabedoria popular – “Há males que vêm por bem”. E assim foi. A minha Órbita dobrável sai do vão da escada para a mala do carro, onde passou a ser presença assídua. Não voltei a cometer os erros do passado, já que desta feita, preparei-me melhor para o efeito. Constrangimentos existem sempre e há que saber minimizá-los. Hábito implementado!
O carro continuava a fazer parte da rotina diária, por inerência das circunstâncias, mas deixei-me de deslocações ridículas com ele e a bicicleta marcava agora e definitivamente a sua presença.
Cerca de dois anos depois, a Órbita dobrável cede o seu lugar ao modelo Classic da mesma marca, mais adaptada que estava às necessidades. Mais espaço de carga, melhor ergonomia, maior capacidade de rolamento.
Ainda hoje preciso do carro, até porque vivo fora da cidade onde trabalho e para além de mim desloca mais duas pessoas diariamente, mas no geral a sua utilização fica-se por aí. As vantagens práticas de utilizar a bicicleta no dia-a-dia são largamente superiores aos constrangimentos. E acima de tudo, os níveis de prazer, liberdade e satisfação não têm qualquer comparação.

 

29.10.14

A minha "pior" bicicleta!


Rui Pereira

É curioso constatar que a minha bicicleta mais simples, barata e antiquada, pronto, teoricamente inferior a todos os níveis, é aquela que me dá mais jeito, que mais utilizo, que é mais fácil transportar e arrumar, no fundo, a que tem maior utilidade prática, servindo-me como meio de transporte diariamente.
É uma bicicleta que utilizo com orgulho, sem complexos, nem preocupações. Pode ser pesada, pode ter falhas notórias ao nível da ergonomia e os componentes que a constituem não serem os mais eficazes e robustos, mas está lá para mim! Permite-me transportar carga, estacionar-lhe em qualquer lado, não deixa que me molhe com piso molhado, dá-me alguma margem de manobra nas subidas e descidas, e até tenho o bónus de poder circular, legal e confortavelmente, quando o sol já se escondeu.
Sou inclusive pretensioso ao ponto de dizer que esta minha bicicleta é a que mais faz pelo ciclismo. Que mostra o outro lado do ciclismo, que pode contribuir para uma nova perspetiva de olhar a bicicleta. Mas esta minha pretensão não é apenas baseada num orgulho parolo e egocêntrico, assenta essencialmente no retorno que tenho diariamente. Felizmente são várias as pessoas que já me abordaram e felicitaram, seja por curiosidade, interesse, admiração, ou até saudosismo. Outras simplesmente olham, fazem sinal, sorriem.
As minhas deslocações diárias são curtas, mas até coincidem com algum tráfego automóvel e posso assegurar que até hoje nunca senti qualquer hostilidade na estrada. Até pelo contrário. Também não imponho à força a minha posição de utilizador vulnerável, com a cobertura das novas regras de trânsito, ainda desconhecidas para muitos. A minha postura é e será sempre a mesma, defensiva e cordial, com ou sem regras, e é isso que espero dos outros.
Com o passar dos meses, a minha bicicleta começa a apresentar alguns sinais de desgaste decorrentes de uma utilização intensa, de ser dobrada e desdobrada todos os dias, de estar sujeita às condições atmosféricas. Vou tentando contornar esta situação com alguma atenção pontual, mas ela foi feita para isso, para andar, para ser usada, para servir.
Sempre tive um carinho especial por esta minha bicicleta, mas a partir do momento que a comecei a utilizar efetivamente, ela ganhou ainda mais significado. E tem vindo a acentuar a forma como vivo o ciclismo e as bicicletas. Mas este significado não se traduz em preocupação, antes em à vontade e descontração de utilização, até porque prefiro mil vezes que ela tenha sérias marcas de uso no cumprimento dos meus propósitos, do que fique a acumular camadas de pó e ferrugem parada num canto da garagem!