01.11.22
Bicicleta “non grata”
Specialized Roubaix Comp
Rui Pereira
Eu com a injustiçada Roubaix - Plantações de Chá Gorreana, Ribeira Grande.
Esta é a minha melhor bicicleta, mas também é aquela que mais gera sentimentos contraditórios e indefinição. Pode ser a melhor na teoria e na prática, e gosto dela, mas não é a minha preferida. Aliás, é aquela bicicleta com que nunca me identifiquei totalmente e, por isso mesmo, é a mais descartável sempre que coloco esta possibilidade em cima da mesa. Ainda bem que nunca aconteceu. Marcado por um episódio infeliz na altura em que a minha prioridade eram as motas, tenho muita dificuldade em desfazer-me de qualquer uma das minhas bicicletas, certo que só reconhecerei o seu real valor tarde demais.
Quero aumentar a regularidade das minhas pedaladas. Cedo facilmente à logística implicada na saída. No equipar-me, na escolha da bicicleta. Também argumento (para mim) com a falta de tempo, com as condições meteorológicas e com a importância do descanso. É possível minimizar os efeitos da meteorologia e, na verdade, não costumo estar assim tão cansado, já preguiçoso… Equipar-me adequadamente, tendo em conta as condições, e escolher a bicicleta entre várias é chato, mas nada disso justifica a decisão de não sair. E claro que tenho tempo, por mais condicionado que esteja. A verdade é que não ter objetivos de treino por não fazer competição, nem ter grandes necessidades físicas por exercitar o corpo de outras formas não ajudam.
Acho que esta minha bicicleta "non grata” dava uma boa companheira de saídas ao fim do dia. Ficava sempre de prevenção, com umas luzes montadas. Sendo que é mais leve, compacta e acessível seria mais fácil de pegar e levar...