27.10.19
Inaceitável
Rui Pereira
Uma imagem que se repete domingo após domingo!
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27.10.19
Rui Pereira
Uma imagem que se repete domingo após domingo!
12.09.19
Rui Pereira
Mudar, e implementar um novo hábito, principalmente quando este choca substancialmente com a nossa comodidade e zona de conforto, não é fácil. Fácil é arranjar desculpas para não o fazer!
Trocar o carro pela bicicleta nas minhas deslocações urbanas foi bastante difícil. Este hábito, a que chamo de luxo agora, levou algum (muito) tempo a ser implementado. Após o seu arranque aguentei apenas uma semana e facilmente cedi à voz que me sussurrava a cada saída:
«Deixa-te disso. Pega na chave do carro e vamos embora!»
Só alguns meses depois, por força das circunstâncias mais determinado do que nunca, ciente dos erros cometidos anteriormente e da inevitabilidade dos fatores que não dependiam de mim, adaptei-me e empenhei-me nesta mudança que se tornou um hábito impensável de mudar, um luxo impossível de deixar.
11.09.19
Rui Pereira
Utilizar a força física para nos deslocarmos pela cidade, aos comandos de uma vulgar bicicleta, fazendo dela o nosso meio de transporte preferencial, ainda é visto como algo estranho e que facilmente se associa à falta de capacidade financeira para fazê-lo de uma forma mais cómoda e pomposa, que é o mesmo que dizer, de carro!
A minha experiência, que tem a dimensão e o valor que tem, faz-me pensar exatamente ao contrário. É um luxo poder manter o carro parado todo o dia e fazer as minhas deslocações pela cidade de bicicleta! Considero-me mesmo um privilegiado, tendo em conta a conveniência, o exercício e a poupança (financeira e ambiental) que faço, mas, acima de tudo, o prazer e a liberdade que sinto ao pedalar, por si só, e por todos os outros benefícios associados!
31.07.19
Rui Pereira
Amigas do ambiente = Bicicletas!
Por falar em amigas, a Gaffe sugeriu… E com toda a legitimidade.
Pois se as palavras custam a entrar, que se tente com imagens e outras palavras…
18.06.19
Rui Pereira
Preso a preconceitos limitados, previsíveis, limitadores.
Agarrado a ideias castradoras e inibidoras da visão.
Base comodista e consumista, focado nas coisas triviais, atribuindo-lhes destaque.
Vida pequena e vazia. Efémera. Olhos nos pés e no chão.
Iludido, não vê a realidade. Cego pela sua verdade.
Um dia, compra uma bicicleta. Acorda. Alarga horizontes.
Muda de rumo, num claro regresso às origens. Ao simples, ao básico.
Reencontra a sua terra. A natureza. As tradições. Vê o mar.
Pedala. Anda a pé. E valoriza.
Liberta-se da ideia quadrada do exercício entre paredes.
De um complexo processo de busca e aquisição de artefactos e suplementos.
Compra outras bicicletas, naturalmente.
Compras amadurecidas, sem impulso nem acaso. Isentas de exacerbadas pressões de satisfação imediata.
Usa. Aproveita. Desfruta.
Desperta para a importância de um simples rascunhar à mão, com papel e caneta.
Ganha consciência. Pessoal e ecológica. Vê para além do que achava suposto. Cresce!
O paradoxo da sua evolução reside na consciência de que as coisas são efémeras e ilusórias, às quais não deve ser atribuído o papel principal. Mas foram as bicicletas, também elas coisas, que lhe despertaram para uma nova realidade, que lhe abriram portas para todo um novo mundo de possibilidades. Mais adequadas, prementes, simples, melhores.
Não falo de mim. Falo de um amigo de um amigo meu.
29.03.19
Rui Pereira
Marcas de função, de utilidade.
Marcas de caráter, de mentalidade.
Marcas de uma ovelha fora do rebanho.
Marcas de utilização diária, de intensidade.
Marcas de uso, de contacto, de proximidade.
Marcas de quem faz da bicicleta o seu meio de transporte todo o ano!
27.02.19
Rui Pereira
A minha primeira experiência de utilização da bicicleta como meio de transporte está a fazer sete anos, estávamos no início do mês de março do ano de 2012. Mas foi uma experiência única.
Mais tarde, no verão deste mesmo ano, comprava uma bicicleta dobrável com a intenção de por em prática, de forma mais duradoura, esta mesma experiência.
Frequentava um ginásio à hora de almoço e a ideia era fazer a deslocação de bicicleta, descartando assim o automóvel e o custo direto relativo ao pagamento do estacionamento.
Digamos que a experiência foi um pouco (muito) atribulada. Por falta de adaptação pessoal, já que tinha esta rotina demasiado ligada ao automóvel, e por alguma falta de sorte, pois os dias que escolhi para começar, foram dias de chuva!
A ida era mais pacífica e até animadora, já que não era raro chegar antes do meu colega que se deslocava de automóvel. Mas no regresso, com a temperatura corporal por normalizar e alguma ansiedade à mistura, chegava ao trabalho invariavelmente molhado, no caso, numa mistura de suor e água da chuva…
Como se não bastasse, o quadro da Órbita dobrável cedeu!
A bicicleta ficou encostada a aguardar solução ao abrigo da garantia e eu, muito convenientemente, voltei ao automóvel!
Alguns meses depois, o ginásio fecha e tive de arranjar uma nova solução. Mais simples, mais natural, mais alternativa. Desta, fazia parte a utilização da bicicleta para a deslocação, na qual empreendi os ensinamentos adquiridos anteriormente, não voltando a repetir os mesmos erros.
Esta rotina, entretanto, mudou ligeiramente. A bicicleta utilizada é outra, embora da mesma marca. A bicicleta está tão ligada a esta rotina, que fazê-la sem ela, não é a mesma coisa! Esta e outras, já que alarguei ao máximo a utilização desta minha ferramenta de uso diário.
Bom, o certo é que nunca mais parei de pedalar pela cidade!
06.08.17
Rui Pereira
A grande capital portuguesa está a dar passos certos no sentido da melhoria da mobilidade. O sistema de bicicletas partilhadas - Lisboa Bike Sharing - já começa a marcar a sua presença!
Será que algum dia teremos algo semelhante em Ponta Delgada ou noutra qualquer cidade açoriana???
18.05.17
Rui Pereira
Fez recentemente cinco anos que tive a minha primeira experiência com a bicicleta como meio de transporte na cidade. Sem licras, sem encaixes, sem luvas e capacete. Simplesmente a roupa do dia-a-dia, eu e a bicicleta.
Tinha a minha Allez Steel há menos de um ano, quando aproveitei o facto do carro ir à revisão, para a integrar na minha rotina deste dia. E que belo dia fez, lembro-me perfeitamente.
Tal como me lembro das minhas primeiras pedaladas, onde o único peso que sentia era o da pasta que levava ao tiracolo. De facto, satisfação, leveza e até algum orgulho foi o que senti na altura!
Apesar dos sentimentos positivos, com as rotinas muito marcadas, a normal resistência à mudança e o comodismo, não passou de uma experiência única.
Alguns meses depois volto à carga e compro uma bicicleta dobrável para substituir o carro nas deslocações ridículas que fazia do trabalho para o ginásio e vice-versa, no intervalo para almoço. Entre outras. Não foi fácil. O estado do tempo pouco colaborativo e os processos por mecanizar faziam-me perder algum tempo e stressar um bocado, o que juntando à temperatura corporal por normalizar advinda do exercício (Cycling) fazia com que chegasse ao trabalho invariavelmente transpirado. Mas muito transpirado, mesmo. Outras vezes, cheguei molhado também por causa da chuva. Para rematar, com uma semana de utilização, a bicicleta acusa um problema técnico no quadro que comprometia a continuação do seu uso.
Entretanto o problema da bicicleta foi resolvido ao abrigo da garantia. Mas… desisti!
Passado mais de um ano e considerando uma situação que me era alheia - fecho do ginásio, tive de adaptar-me a uma nova realidade. Bem diz a sabedoria popular – “Há males que vêm por bem”. E assim foi. A minha Órbita dobrável sai do vão da escada para a mala do carro, onde passou a ser presença assídua. Não voltei a cometer os erros do passado, já que desta feita, preparei-me melhor para o efeito. Constrangimentos existem sempre e há que saber minimizá-los. Hábito implementado!
O carro continuava a fazer parte da rotina diária, por inerência das circunstâncias, mas deixei-me de deslocações ridículas com ele e a bicicleta marcava agora e definitivamente a sua presença.
Cerca de dois anos depois, a Órbita dobrável cede o seu lugar ao modelo Classic da mesma marca, mais adaptada que estava às necessidades. Mais espaço de carga, melhor ergonomia, maior capacidade de rolamento.
Ainda hoje preciso do carro, até porque vivo fora da cidade onde trabalho e para além de mim desloca mais duas pessoas diariamente, mas no geral a sua utilização fica-se por aí. As vantagens práticas de utilizar a bicicleta no dia-a-dia são largamente superiores aos constrangimentos. E acima de tudo, os níveis de prazer, liberdade e satisfação não têm qualquer comparação.
13.02.16
Rui Pereira
1- A bicicleta é o veículo mais eficiente jamais construído. Vale pela sua simplicidade e pela interação única com o homem. Ele próprio, o motor da bicicleta… Genial!
2- Contraditoriamente, a nossa sociedade alimenta e alimenta-se da cultura do automóvel. Com todos os constrangimentos que isso acarreta. Basta olhar para a situação atual da maioria das nossas cidades! [Na verdade, não sei se são nossas (das pessoas) se são dos automóveis? - Interrogações minhas!]
Não tenho nada contra os carros, aliás, tenho um, só um, rafeiro, e facilita-me muito a vida (eu que nem moro na mesma cidade onde faço a minha vida…). O problema geral está na má utilização do automóvel, que peca por ser excessiva. E, tantas vezes, ridícula! Assim, os automóveis acabam por fomentar o nosso comodismo.
3- Para inverter esta tendência é necessário alterar mentalidades. Vamos deixar esta parvoíce de se achar que quem anda de bicicleta no dia-a-dia é porque não tem dinheiro para comprar um carro. Ou que as bicicletas só servem para a prática desportiva e para o lazer ao fim de semana. Ou ainda, que as bicicletas são apenas brinquedos para crianças! Vamos libertar-nos destes preconceitos, ok?
4- E já que falo nos mais novos, é para eles que vai a minha maior aposta. São eles que poderão ter uma palavra a dizer no futuro a este nível. E não é serem todos atletas na área do ciclismo. Alguns até poderão vir a ser, mas isso é irrelevante, para o caso. É sim, serem cidadãos conscientes, que entre outras coisas, sejam capazes de ver numa bicicleta a oportunidade para mudar coisas menos boas, contribuindo para o aumento da sua qualidade de vida e da dos outros! Sim, dos outros. Dar já é receber!
5- Há várias formas de introduzir uma bicicleta na vida de uma criança. Para mim, a melhor, é a bicicleta de equilíbrio. O ideal para iniciação. Não tem pedais, nem qualquer elemento de transmissão, nem mesmo travões. É o mais simples possível, a melhor aliada para aprender a andar de bicicleta. É intuitiva e permite aprender de forma rápida, natural, segura e autónoma.
6- Para além de contribuir para o desenvolvimento físico e mental, a bicicleta pode fazer surgir o gosto pela atividade física e pela sua prática ao ar livre. Algo cada vez mais importante e necessário nos nossos dias.
7- Não desfazendo as atividades de lazer e de caráter desportivo, quando associamos a bicicleta ao lado mais funcional – locomoção e transporte, usufruímos em pleno da mesma. O que nos dá um retorno especialmente positivo. Como benefícios pessoais destaco: Melhor forma física e saúde; Maior interação social; Melhor disposição; Maior economia; Sensação incrível de liberdade. Como benefícios sociais: Menos congestionamento; Menos poluição (ao nível dos gases poluentes e do ruído).
8- Para além deste lado mais funcional e prático, a bicicleta tem também um lado romântico e poético ligado à sua cultura, que muito estimo. Imaginem este cenário (perfeito): Numa rua típica da cidade sem trânsito, uma bicicleta apoiada pelo guiador a uma parede, com um ramo de flores no seu cesto frontal, a permitir o encontro e a testemunhar o amor de um casal…