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Bike Azores

A experimentar o verdadeiro sentido da palavra liberdade!

10.05.22

Trilho sombrio


Rui Pereira

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Sigo de cabeça baixa sem destino. Sinto o peso da inclinação nas pernas. Pesado é também o pensamento. Nem sempre a pedalada desanuvia logo o nublado que existe aqui em cima e, ao invés, torna-o ainda mais carregado. Por vezes é preciso ir até ao fundo para começar a subir.
Para começar de novo.
As pedaladas são catárticas. Onde se desbravam os piores cenários. Através das quais saímos da sombra, nos livramos da bruma.
Da escuridão para o esclarecimento.
Levanto a cabeça e é como se a neblina tivesse ficado para trás. Olho o céu e as árvores. A atenção divide-se agora entre o desafio a que submeto o corpo e a natureza que me rodeia.
Tanto verde. Ergo o corpo e carrego os pedais com mais afinco. Doem-me as pernas…
Olho novamente o céu. Suspiro.

 

11.02.22

"On The Dark Waters"

Amorphis


Rui Pereira

Perante a descrição de um qualquer cenário idílico, a minha tendência é para musicar o mesmo. Não no verdadeiro sentido da palavra, o que implicaria a composição de um trecho musical, mas na criação imaginária de uma banda sonora tendo por base uma música poderosa que conheça. Da mesma maneira, a ouvir uma destas músicas, a minha tendência é para imaginar cenários como forma de ilustração.


Conheci os Amorphis com o álbum Tuonela (1999). Este coletivo da Finlândia tem um som que tem tanto de poderoso como de melódico. Progressive/Folk/Death Metal. Vozes limpas e guturais. Instrumental consistente. Forte presença de guitarras.
O mais recente single da banda, "On The Dark Waters" é uma canção fabulosa. Carregada de ambiências, ritmo e melodia. Na dose certa. E com o peso certo!

Na busca imaginativa de um cenário que faz dela banda sonora, invariavelmente estou presente, mas as imagens da minha Terra e as minhas bicicletas têm sempre presença obrigatória.

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