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Bike Azores

A experimentar o verdadeiro sentido da palavra liberdade!

27.09.19

Eu penso, ela faz!


Rui Pereira

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Arranca à pressa para não ter de, mais uma vez, regressar quando já o sol se pôs. Os dias mais curtos não desmotivam a vontade de dar mais umas pedaladas. Mais do que a prática física em si, que acaba por ser limitada, está em causa aproveitar o dia da melhor forma possível e esperar que o vento que lhe bate na cara alivie também a carga negativa que traz consigo, após mais um dia de trabalho.
A mim, que tenho a mania da perfeição, irrita-me a leviandade com que lida com certas situações, mas depois, num breve momento introspetivo, admito que às vezes devia pensar menos e fazer mais, como ela.

21.05.19

Quando as diferenças são indiferentes


Rui Pereira

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As duas bicicletas aqui em causa são muito diferentes. Pelos conceitos apresentados, pelos materiais e equipamentos empregues, pelos valores envolvidos.
A proprietária da Btwin Triban 500, que se viu obrigada a comprar uma nova bicicleta depois da sua ter sido roubada, queria uma bicicleta prática, simples, robusta e acessível, que pudesse utilizar à vontade e levar para todo o lado. O proprietário da Specialized Roubaix Comp, já possuidor de uma bicicleta de estrada de inspiração clássica, comprou-a para satisfazer aquele desejo de ter mais uma bicicleta, mais moderna e específica, para usufruir de tudo o que isso implica.
O propósito principal de quem compra uma bicicleta será sempre pedalá-la, mas estas pedaladas poderão ter inúmeras necessidades e direções implícitas. A minha Roubaix é significativamente superior à Triban, mas será que fazia sentido a minha mulher ter algo igual ou equivalente quando os seus objetivos são tão claros e as suas necessidades tão básicas?
Não, não fazia sentido. Ela basicamente quer uma bicicleta que funcione e que a leve até onde as suas limitações pessoais permitirem, não as da bicicleta. Que não lhe exija cuidados, que a bicicleta é para andar. Se cair, caiu. E se está suja, suja fica, que é da maneira que passa ainda mais despercebida.
Fomos os dois, pela mesma estrada e até ao mesmo destino, cada um com a sua bicicleta e à sua maneira. E viemos. Função cumprida!

14.08.18

Aos pedais!


Rui Pereira

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Havia desconforto. Outras prioridades. Gosto limitado.
Mudança de cenário. Outra bicicleta. Nova realidade.
Inovam-se as distâncias e os destinos. Cresce a vontade…
O gosto. A estima pela companheira de duas rodas.
Mantém-se a simplicidade. Arrisca-se o desafio.
Sente-se o prazer e a liberdade de ir estrada fora.
De rolar com todos os sentidos à flor da pele.
A velocidade contra ou ao sabor do vento.
Num ambiente que cerca e invade.
A pedaladas largas e ritmadas as rodas ocupam o seu lugar…
Naturalmente!

20.11.17

O exercício físico e a bicicleta no feminino


Rui Pereira

Cá em casa vive-se a cultura do exercício físico. A atitude pouco ou nada fundamentalista e o desinteresse pela competição, não significa que este importante departamento da nossa vida seja descurado, até pelo contrário, existindo inclusive o cuidado de a passar à nova geração, estímulo que acaba por ser natural.
Não há cá esforços nem sacrifícios desmedidos e específicos, até porque achamos que um estilo de vida saudável não se compadece com isso, mas sim com uma dinâmica geral baseada na regularidade e variedade do exercício físico. Para além disso, privilegiamos as atividades ao ar livre e o contacto com a natureza. Sempre!
Seja como for, não perdemos uma oportunidade de nos mantermos em forma. Saúde, boa disposição, estética, bem-estar, escape, são algumas das razões em que assenta esta vontade. E complementamos com uma alimentação tradicional, a mais variada e saudável possível, buscando o equilíbrio entre qualidade e quantidade. Aqui também sem fundamentalismos e permitindo-nos errar ou exagerar, logo que este seja um comportamento excecional.

 

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De uns anos para cá e de uma panóplia de exercícios, a bicicleta é aquela que merece a minha maior atenção. Mais recentemente esta atenção começou a surgir vinda também de outras direções. Claro que o miúdo já me acompanhava desde tenra idade e à sua maneira, o que é normal nos miúdos, mas a minha mulher que manteve sempre a devida distância, está agora mais próxima do que nunca da bicicleta!
Depois de um acontecimento triste, o roubo da sua bicicleta, a compra de uma nova veio alterar completamente a realidade vivida até então. A bicicleta roubada foi ganha num passeio em que participei e não passava de um modelo de btt de baixa gama, obviamente muito limitado e limitativo. Tendo em conta isso e o seu uso maioritário, a opção lógica seria adquirir uma bicicleta de estrada com a polivalência e facilidade de utilização permitidos por um guiador reto. As prioridades eram a simplicidade e o baixo custo, estimulando o maior uso sem fazer o mesmo com os constrangimentos.

 

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Imagem: Seg-mento Bike Team


A B’Twin Triban 500 fb é atualmente a sua companheira preferida. Vai com ela para todo o lado, mesmo os lugares menos óbvios, sem preocupações excessivas com vestuário e equipamentos, muitas vezes, apenas com a roupa normal e o capacete. Relativizar as dificuldades é a atitude. Descontração é a palavra de ordem. Com isso, tem expandido as suas pedaladas para lá do que alguma vez pensou fazer. Ainda a semana passada, com as habituais companheiras de outras andanças, mesmo sem objetivos neste sentido e com base apenas na aventura, elevou consideravelmente a fasquia!
A minha rotina de pedaladas e a relação com as minhas bicicletas não estão ameaçadas, nem é provável que isso algum dia aconteça, até pelo contrário, pois não tarda nada e tenho companhia. Hoje, e ao contrário do que ela pensa, é com satisfação que assisto à sua vontade e ao crescente gosto em pegar na bicicleta e sair por aí a pedalar…

28.02.17

Carnaval a pedais


Rui Pereira

Não gosto do Carnaval, mas dá-me jeito a tolerância que é normal ter nesse dia. Aproveitei para fazer o mesmo de sempre, pedalar. Variei na bicicleta. Levei a BTwin Triban 500 à Gorreana, para um teste mais prolongado. Bastou montar os pedais de encaixe e subir o selim, e lá fomos. Tudo o que já disse sobre ela confirma-se. Não é fácil ter tanto por tão pouco!

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Duas horas depois ainda estava com as mãos nela, e não só. Desta feita, sem luvas e com as mãos inevitavelmente mais sujas. Não, não houve nenhuma avaria, apenas limpeza e manutenção que tenho vindo a descurar ultimamente em algumas das bicicletas cá de casa. Às vezes falta-me aquela vontade, mas depois de começar fico sem dar pelo tempo passar. É algo que me agrada e satisfaz.

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É o meu Carnaval…

16.08.16

A BTwin Triban 500 fb e as expetativas


Rui Pereira

Não é fácil gerir expetativas. O melhor mesmo é não as ter, principalmente aquelas tendencialmente altas, para não haver deceções.
Por outro lado, a inexistência de expetativas pode funcionar de certa forma contra nós mesmos, por nos afastar de coisas que não são bem aquilo que parecem. Ou seja, são efetivamente melhores.
Toda esta teoria para falar de uma bicicleta, que mais do que as suas caraterísticas, tem o defeito de gerar pouca expetativas, o que pode levar a que nunca se olhe para ela com olhos de ver. O que é pena.
A bicicleta roubada já tem uma substituta. Três opções foram ponderadas e a eleita foi a BTwin Triban 500 fb. Uma bicicleta de estrada com um guiador reto, que na minha opinião é a mais indicada para o propósito.
O facto é que uma bicicleta de uma grande superfície comercial, produzida em Portugal e com um preço de 289.99€ poderá não ser geradora de grandes expetativas e entusiasmo, mas pusemos os preconceitos de lado e avançamos, com alguma apreensão, confesso.
Quando a vi e me sentei nela pela primeira vez, engoli definitivamente o preconceito que esporadicamente vinha à tona e rendi-me a esta Triban de guiador reto, já que apresenta uma relação preço/qualidade muito relevante. É uma bicicleta bonita, simples, eficaz, confortável, acessível e polivalente.
Mesmo não sendo o seu principal utilizador, uma boa parte da responsabilidade da opção é minha e estou agradavelmente surpreendido. E gostaria de referir também que o atendimento na loja foi muito bom, diria mesmo incansável, o que é sempre importante.
Não, não é perfeita, mas para o valor pedido tem qualidades que talvez não fossem esperadas. Mais afinação menos afinação, a Triban é honesta e funciona muito bem. Para tornar-lhe ainda mais polivalente, os pneus de estrada, completamente lisos, na medida 23 deram lugar a uns “touring” na medida 28.
Até posso estar a inflacionar elogios por confundir a bicicleta em si com o conceito híbrido que apresenta, do qual fiquei adepto, já que me assenta que nem uma luva. E arrisco mesmo dizer que assentará igualmente a vários/as utilizadores/as de bicicletas que por aí andam. Aqueles/as que continuam a queimar borracha cardada no asfalto (borracha que nunca viu a cor da terra), e aqueles/as que não querendo saber assim tanto da performance por si só, privilegiam o equilíbrio entre rapidez, conforto e segurança.
Certo é que de futuro, as minhas expetativas no que toca a certas coisas (bicicletas) terão outra dimensão, e assim já corro menos o risco de poder estar a ser injusto e de desperdiçar possibilidades que são boas oportunidades.