23.09.22
Personalização
Rui Pereira
Esta bicicleta não é minha, mas podia ser.
Longe dos tempos em que estava sempre a inventar necessidades para melhorar a bicicleta, posso eventualmente dar um toque de personalização prático ou estético. Por norma, prefiro deixar as coisas como estão e mais do que andar a modificar/melhorar prefiro usar.
Mas usar é outro dos meus males. Com tanta bicicleta é normal que se ache que ando muito com elas. Não é verdade. Se ando praticamente todos os dias (úteis), faço-o por motivos práticos, em pequenas distâncias e com a mesma bicicleta.
Por outro lado, a personalização é muito satisfatória. Ter uma bicicleta ao nosso gosto, à nossa imagem. Não obstante o facto de poder estar associada aos nossos impulsos consumistas, às vezes, reciclando material ou fazendo apenas pequenos investimentos conseguem-se bons resultados.
A imagem é importante para mim. Não a imagem da perfeição, da eficácia e da eficiência, da tecnologia, mas que reflita a minha própria imagem, aquilo a que dou prioridade e que, de uma forma ou de outra, se distinga.
Tenho bicicletas de diferentes segmentos e configurações, de valores distintos, em diferentes estados de conservação – com mais ou menos ferrugem, mas não há melhores nem piores, há preferidas.