1000DS Multistrada, ST3 1000, Monster 620 Dark...
Já lá vão quase 5 anos, mas foi sem dúvida, um dos melhores momentos que já tive, aos comandos de motos.
Multistrada: Eficaz, divertida, capaz. Uma verdadeira "fun-bike". A minha preferida!
Monster: Carismática. Boa ciclística. A "porta de entrada" no universo Ducati.
ST3: Agradável. A turística com os genes desportivos característicos da marca.
999S: Superbike. Infelizmente, apreciação apenas estática. Sem palavras...
O que queria mesmo era ter uma... Quem sabe um dia...
Aqui fica o relato deste teste, feito pouco tempo depois desta experiência.
Foi uma das experiências que mais me marcou, uma vez que tive hipótese de num só dia experimentar três modelos de uma das marcas mais emblemáticas do motociclismno mundial, mesmo que não os seus principais modelos.
Foi com grande ansiedade que aguardava pelo dia, em que iriam estar disponíveis para test-ride três modelos da Ducati, sendo eles a DS 1000 Multistrada, a ST3 1000 e a Monster 620 Dark.
Como não podia perder esta oportunidade, ainda faltavam alguns minutos para as 10 horas, hora prevista para o inicio da actividade e estava a chegar à porta do novo stand da marca na Lagoa, acompanhado pela minha mulher que fez questão de me acompanhar. Só de ver outras Ducati no interior do stand estava a ficar ansioso, mas as motas para teste deviam estar a chegar.
Nisto começa-se a sentir um “troar” forte e seco ao longe, que aumentava de intensidade gradualmente, ao fundo da estrada as suas silhuetas começam a surgir, eram elas!
Aproximei-me rapidamente para inteirar-me das impressões dos condutores que as traziam e para ver de mais perto as 3 magníficas. Palavra puxa palavra, documentos na mão, e já estava sentado aos comandos da Multistrada (a minha preferida das 3). Depois de constatar onde estava tudo “arrumado”, pendura, arranquei...
Para quem tinha uma Honda NX-4 como referência, foi difícil não ficar automaticamente apaixonado por esta máquina vermelha. Para começar o motor destaca-se pela sua força e vivacidade, até mais do que estava à espera. A posição de condução é espectacular, apesar do assento ser algo duro, o que poderá ser desconfortável se as distâncias forem maiores. A sua ciclistica é muito boa e eficaz, com excelentes suspensões e travagem, tornando-a muito ágil e divertida de conduzir, “brincalhona” mesmo. Adorei a mota, por tudo, inclusive pela sua discutível estética, que para mim não é nada díscutível é simplesmente apaixonante! Ainda não esqueci o acabamento final do escape com 2 generosas saídas e o seu espectacular som grave e seco!
Seguiu-se a ST3, uma turística/desportiva que também surpreendeu pela positiva. Inicialmente a sua estética não me chamou muito a atenção, talvez por ser demasiado sóbria, mas para radicalismos e agressividade a marcas dispõe de outros modelos. Esta mota é muito intuitiva, tem uma boa posição de condução, com um assento amplo, de boa consistência e excelente protecção aerodinâmica. Pode-se destacar também o seu motor, que puxa com convicção desde baixas rotações, tendo mais empurrão que o da Multistrada, o que não admira pois apesar de ter também 1000 cc tem uma concepção mais actual e é naturalmente mais potente. Assim é também a sua travagem, possui umas confortáveis suspensões, sendo um conjunto muito homogéneo.
Por último testei a Monster 620, e de imediato achei-me estranho aos seus comandos, pois dá a ideia de ser muito pequena, parece que falta alguma coisa na frente da mota e ficamos algo caídos sobre esta. O seu motor também é muito diferente das outras duas, bastante mais lento a subir de rotação e algo amorfo em altas. De qualquer maneira, se o comparar com o da minha NX-4, este 620 é um “míssil”. No geral até gostei da mota, anda bem, trava bem e as suas suspensões eficazes de tacto rijo, assimilam razoavelmente as irregularidades do piso. E apesar de ser “pequena”, reflecte uma grande imagem e carisma, pois tem uma estética inconfundível, e claro, não deixa de ser uma Ducati!
Concluindo, se tivesse que escolher uma, não teria dúvidas que seria a DS 1000 Multistrada, mota que mistura de forma espectacular as qualidades das desportivas, com as das Trail e das Supermoto, tornando-a numa Fun-Bike única, tanto a nível de aspecto como de condução. Curiosamente a escolha da minha pendura também recaiu neste modelo, não só por ir sentada numa posição mais natural, como mais elevada, o que lhe permitia controlar o painel de instrumentos, ou melhor, o velocímetro?!