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Bike Azores

A experimentar o verdadeiro sentido da palavra liberdade!

04.11.20

Foi com ela que tudo começou!

Specialized Allez Steel


Rui Pereira

Materializei a minha renovada visão do mundo das bicicletas com a aquisição da Specialized Allez Steel.


(Specialized Allez Steel - 2011 / Imagem: 2019)


Depois daquele período inicial de grande entusiasmo e euforia, com todos aqueles desejos disfarçados de necessidades, perfeitamente enquadrados com os padrões mais consumistas, mudei efetivamente de postura, preferências, objetivos e prioridades.
Desinteressei-me da competição, mudei o foco das minhas intenções e ponderei muito mais as aquisições. Desliguei-me das tendências mais atuais, dos topos de gama e dos últimos gritos tecnológicos. Passei a privilegiar os produtos clássicos, tradicionais e intemporais. Com menos prazo de validade. Mesmo os mais recentes, mas com aquela imagem de sempre. Fiz um regresso às origens fascinado que fiquei com as bicicletas de carreto fixo.
Reuni um número considerável de bicicletas, mas tenho a desculpa de que as sete somam um valor total ridiculamente baixo quando comparado com os valores que se tornaram banais por aí.

- Quando adquiri a Allez já tinha a BTT. Ainda a tenho e não tenciono desfazer-me. Está lá com as suas rodas 26 e está muito bem;
- A dobrável portuguesa, a fazer lembrar a bicicleta que tive em miúdo, foi decisiva para implementar a minha vontade de deixar de fazer deslocações ridículas com o automóvel;
- Um sonho concretizado - a minha primeira fixed-gear. Na altura, com muitas dúvidas. Estava longe de pensar que seria hoje a minha bicicleta mais solicitada;
- Rotinas diárias associadas à bicicleta estabelecidas. Altura de ter uma citadina tradicional, menos limitada do que a dobrável, para poder ir mais além neste departamento;
- Fiz uma inflexão no sentido que seguia. A certa altura desejei algumas soluções mais modernas numa bicicleta de estrada. Do aço para o carbono;
- Mais uma fixed-gear. Só por curiosidade, nova custou-me apenas 16% do valor da anterior que foi comprada usada.

O aço e a liga de aço dominam. A tradição e a simplicidade também. A pureza, a estética, a envolvência, os desafios e as sensações inerentes definem a linha que escolhi. E com esta a seleção das bicicletas.

Uma das principais é a Specialized Allez Steel e, na prática, foi com ela que tudo começou!

23.06.20

Liberdade para pedalar!


Rui Pereira

mini_bike.jpg

 

Conseguir andar de bicicleta, mesmo com muitos outros estímulos presentes, continua a ser um marco digno de registo nas nossas vidas.
A bicicleta começa por ser aquele brinquedo apelativo e desafiante que queremos experimentar e dominar. Que nos permite experimentar a velocidade e sensações únicas de autonomia e liberdade!
A sua eficiência não é necessariamente o foco, mas sim a diversão aos seus comandos.
Com o passar do tempo surgem outras companheiras, outros desafios, que nos acompanham o crescimento e a exigência.
Para uns, a relação perdura no tempo, para outros, suspende-se e reata-se mais tarde, para outros ainda, perde-se para sempre…
Os resistentes, agora, usufruem da utilidade e beneficiam da conveniência. Mas mantem-se a diversão e a satisfação de pedalar com a brisa na cara. Exercita-se o corpo e descontrai-se a mente. Experimenta-se de uma forma ainda mais vincada e significativa a liberdade!
A liberdade da opção, da diferença, da simplicidade, da independência!

20.04.20

45 metros quadrados...


Rui Pereira

Não tenho tido vontade de escrever. Não tenho tido motivos para escrever. E com isso, nem vontade para vir aqui tenho tido.
A justificação típica da falta de tempo não se aplica. Nestes tempos que correm, tempo é coisa que não me falta.
Falta-me é vontade. A força necessária para dar a volta.
Eu que até sou um privilegiado. Que apenas me vi privado de liberdade, de fazer várias coisas essenciais ao meu equilíbrio.
Há quem esteja pior, muito pior…
No meio da inércia, os pensamentos advindos dos momentos de lucidez nem sempre são fáceis de por em prática.
Refugio-me atrás de ecrãs. Da televisão, do telemóvel, do computador…
Por momentos está tudo bem. Tudo dentro da normalidade. Não está!
Refugio-me numa das minhas bicicletas de carreto fixo. Nunca estivemos tão próximos… Pego nelas à vez, monto-lhes e ando às voltas sem parar…
Em 45 metros quadrados úteis, no quintal!

11.09.19

Luxos…


Rui Pereira

Utilizar a força física para nos deslocarmos pela cidade, aos comandos de uma vulgar bicicleta, fazendo dela o nosso meio de transporte preferencial, ainda é visto como algo estranho e que facilmente se associa à falta de capacidade financeira para fazê-lo de uma forma mais cómoda e pomposa, que é o mesmo que dizer, de carro!

A minha experiência, que tem a dimensão e o valor que tem, faz-me pensar exatamente ao contrário. É um luxo poder manter o carro parado todo o dia e fazer as minhas deslocações pela cidade de bicicleta! Considero-me mesmo um privilegiado, tendo em conta a conveniência, o exercício e a poupança (financeira e ambiental) que faço, mas, acima de tudo, o prazer e a liberdade que sinto ao pedalar, por si só, e por todos os outros benefícios associados!

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09.07.19

"O senhor é barra!"


Rui Pereira

Pausa para almoço. Estava a chegar ao local do costume para mais uma sessão de exercício, quando sou brindado com um elogio por um miúdo que lá estava:

- O senhor é barra!
- Hein?
- O senhor é barra!
- Ah… Mais ou menos! (risos)

No mesmo local, interrompi a referida sessão para ir ver a bicicleta nova de uma amiga que finalmente concretizou o seu objetivo. Ao tempo que me abordava sobre o tema! Foi a sua estreia. A bicicleta escolhida foi uma simples dobrável, acima de tudo pela facilidade com que se transporta na mala do carro e se arruma em qualquer local.
Já de regresso, aos comandos da minha Órbita, cruzo-me com uma desconhecida que também seguia de bicicleta. Aliás, andava calmamente a desfrutar da bicicleta para cá e para lá.
Em ambos os casos, mesmo com os possíveis constrangimentos associados, perfeitamente normais, as suas caras espelhavam a satisfação, a liberdade, a realização e o orgulho que sentiam. Reconheço logo, até porque não raras as vezes também o sinto. Ainda o sinto. E sei que também consigo transparecer isso mesmo.

06.06.19

«Eh pá, tu também pegas de cabeça com bicicletas!»


Rui Pereira

Não pego necessariamente de cabeça, mas sim, gosto muito e estão muito presentes na minha vida. Por princípio, conveniência, liberdade, exercício físico e prazer.
No entanto, sou o primeiro a afirmar que nem toda a gente tem de andar de bicicleta. De facto, existem muitas vantagens na sua utilização, mas tendo em conta as necessidades e as circunstâncias individuais, isso não tem de ser exatamente assim.
Há quem tenha limitações físicas, quem tenha outras alternativas e preferências relativamente ao exercício físico e ao lazer, quem não tenha necessidade ou possibilidade de utilizar uma nas suas rotinas diárias. E há quem não goste de bicicletas nem de pedalar, e prefira simplesmente andar a pé.
As bicicletas estão na moda. Mas mais do que estar na moda, estão a ser encaradas, e bem, como uma ferramenta muito útil para a mobilidade, para a saúde e para a qualidade de vida das pessoas. De brinquedo para crianças ou de veículo no fundo da hierarquia dos meios de locomoção, para excelente aliada no exercício físico e competente alternativa ao automóvel em meio urbano.
Também se pegar de cabeça com bicicletas, não me faltam motivos para isso!

03.05.19

Pedalar e acelerar. E caminhar pela natureza!


Rui Pereira

Este é basicamente um blogue sobre bicicletas, reflexo da importância que estas têm na minha vida. Surgiram inicialmente pela necessidade física, estabeleceram-se pela sua vocação utilitária e acabaram por ser muito mais do que a soma destas duas partes.
As bicicletas são uma paixão. Um regresso às origens, um passo no sentido da simplicidade, da liberdade e do prazer. O prazer de uma volta de bicicleta não se explica, sente-se!
Esta semana tive uns dias sem a minha companheira do dia-a-dia. Senti a sua falta. Como me facilita a vida e contribui para me fazer sentir bem! Arranjei uma substituta por um dia. Não foi a mesma coisa. Mas piores mesmo foram os outros dias…
Mas as bicicletas não são tudo!
Sabia que não devia ter experimentado a mota do meu irmão. Bem que tenho vindo a recusar nos últimos anos. Digamos que o gosto pelas motas era um monstro que tinha adormecido dentro de mim… Acordou!
Domingo não andei de bicicleta. Voltei a sair de mota... Mas teve mesmo de ser, um compromisso pessoal inadiável a isso obrigou. Noutra altura ficaria chateado por não poder sair de bicicleta. Não fiquei. Pronto, vá lá, fiquei um bocadinho. Liberado do compromisso aproveitamos, eu e o meu filho, para uma voltas de mota.
Mas as motas também não são tudo!
No feriado também não andei de bicicleta. Nem de mota. Compromissos desportivos do rapaz para começar bem o dia (e bem cedo). Já a tarde foi dedicada a uma atividade muito aprazível – caminhar pela natureza! Calma, sossego, ar puro e paisagens deslumbrantes. Satisfação, prazer e bem-estar físico e psicológico. Perfeito!
A natureza não é tudo, mas é muito!

cascata.jpg

20.02.19

Um passeio de bicicleta


Rui Pereira

O vento que bloqueia e empurra,
É o mesmo vento.
O sol que aquece ou se esconde,
É o mesmo sol.
As estradas que percorro,
Acabam por serem sempre as mesmas estradas.

"Nada se compara ao simples prazer de um passeio de bicicleta."
John F. Kennedy

A liberdade que me proporciona,
É única.
O bem-estar que ganho,
É grande.
O prazer que sinto a cada pedalada,
É incomparável.