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Bike Azores

A experimentar o verdadeiro sentido da palavra liberdade!

21.09.20

Vantagens de carreto fixo!


Rui Pereira

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Andar algum (tanto) tempo com uma roda a rolar mal por achar ser normal (mais ou menos) podia dar vontade de chorar. Principalmente quando alguém que, percebe mais um bocadinho do assunto, facilmente lhe meteu a girar perfeitamente.
Esta é a hora que pode acontecer começar a enjoar porque vou falar novamente em bicicletas de carreto fixo. E de mais uma das suas espetaculares vantagens!
Onde todos veem desvantagens e problemas, eu vejo atributos. É a vida!
A roda traseira da Globe estava a rodar mal porque certo dia o eixo deu de si e pus-me a inventar, pensando que podia solucionar o problema com um rodar de porcas. E perante o dilema – ou fica a rodar melhor com folga, ou fica a rodar mal sem folga – escolhi a segunda opção. Simples. Claro que podia ter trazido a roda para ser vista por um técnico experimentado…, mas não seria a mesma coisa!
Improvisa-se e espera-se que o problema se resolva sozinho, como que por milagre, e anda-se com a bicicleta assim como se as dificuldades ainda fossem poucas, proporcionando aos componentes um teste de resistência diferente e, então, finalmente, leva-se ao técnico. Tudo calculado.
Tolices à parte…
Mas então qual é esta espetacular vantagem das bicicletas de carreto fixo?
- Baixa manutenção!
Senão vejamos: temos um quadro, uma forqueta, duas rodas, caixa de direção e um avanço integrado, um guiador, punhos, uma pinça de travão dianteiro e respetiva manete, um conjunto pedaleiro com prato e pedais, uma corrente, um carreto fixo e respetiva contraporca. Por último, mas não menos importante, um selim e respetivo tubo. Componentes simples, acessíveis e robustos, que proporcionam um funcionamento igualmente simples e direto. Mesmo que fossem mais requintados sempre são em menor número.
Mas assim de repente até parece muita coisa, não parece? Mas não é. Ainda nunca fiz esse exercício, mas tenho a certeza que se expor a “lista de ingredientes” de uma das minhas bicicletas “normais” ocupa, no mínimo, o dobro do espaço. E as minhas “normais” não são assim tão “normais”, ficando aquém das necessidades básicas e dos requisitos plasmados na cartilha do mundo ciclístico atual.
Resumo: mais simplicidade e menos coisas é igual a menos preocupações, avarias e, inerentemente, menos custos. (E o desafio e a emoção estão lá todos. Sempre! - Ok, sou suspeito!)
Mesmo assim, de vez em quando, convém meter óleo na corrente e, vá lá, ar nos pneus.
Mas também sou um bocado picuinhas!

04.12.19

Preguiça, paradoxos e motivação


Rui Pereira

Ando preguiçoso. Tenho pelo menos uma bicicleta a precisar de atenção e nunca mais chega ao dia. Não são cuidados especiais, mas apenas limpeza e lubrificação básicas, que têm sido continuamente adiadas. Já lá vão semanas…
Não gosto de andar com uma bicicleta que não esteja minimamente em condições. O mesmo acontece com o carro ou a mota. Tenho um certo gosto em fazê-lo como deve ser. Até porque quando não acontece a tendência é para ir abandalhando cada vez mais. Não é para mim. Mas é o que tenho feito…
Desculpo-me com, “são muitas bicicletas!”, mas ando sempre a pensar em ter mais uma… Paradoxos da vida!
Ando preguiçoso. Ou tenho andado pouco inspirado, ou com falta de temas para abordar. Este blogue merecia mais atenção. Às vezes, dou por mim com pensamentos negativos a seu respeito. E decido afastar-me. Não por muito tempo, porque…
Vocês, que me acompanham nesta jornada virtual, não me facilitam a vida!
Seja com uma reação, um comentário, uma ligação, uma dedicatória, uma nomeação, um destaque, que me faz rever a minha postura e inverter a minha decisão.
Se tivesse quem me motivasse desta maneira para a limpeza e manutenção da(s) bicicleta(s), já a(s) tinha em condições há muito tempo!

07.10.19

Furo!


Rui Pereira

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Não acontece só aos outros, já devia sabê-lo
Ao tempo que não saía com alguém para um passeio de bicicleta. Foi... não, era ontem!
Despertador ativado para as 07H30, equipamento, pequeno-almoço e bicicleta preparados de véspera.
Saí cedo e vim nas calmas a experimentar percursos…
Até que um tic-tic-tic começa a soar. Ignorei, mas como persistia, parei…
Um pionés enfiado no pneu!
Material para resolver isso?
Tenho tudo… em casa!
Foi para lá que liguei para me virem buscar.
Cheguei mordido, mas troquei de bicicleta e voltei a sair… sozinho.
Toma que é para aprenderes!

04.09.19

A exceção…

Confirma a regra!


Rui Pereira

Custa-me sempre digerir cada risco, ponto de ferrugem ou qualquer outro tipo de estrago que as minhas bicicletas ganham. Aos poucos tenho aprendido a lidar melhor com isso.
As bicicletas são feitas para andar, para nos servir, seja em que ambiente for. De outra forma não farão tanto sentido. Esta realidade, mesmo empenhando uma atitude cautelar e necessária manutenção à posteriori, implica ganhar marcas de uso, do tempo e dos elementos, e de eventuais azares.
Custa! Embora haja quem defenda que estas marcas lhes dão personalidade e compõem a sua história. Eu, apenas as digiro em esforço…
Numa das minhas bicicletas tive de empregar a exceção que confirma a regra. Perante circunstâncias tão pesadas, e paradoxalmente, o que lhe dou em troca da sua servidão diária é muito pouco - ar nos pneus e alguma oleosidade na transmissão - em prol do meu bem-estar psicológico.

04.09.19

Ferrugem


Rui Pereira

A ferrugem toma-lhe conta das rodas e de outros componentes. Aos poucos, desgasta, consome, tira-lhe o brilho. Consequência de uma atitude negligente e indiferente. Uma abordagem centrada na utilização e na funcionalidade, hoje. Por incrível que pareça, o gosto mantem-se e parece cada vez maior! A sua integridade, por enquanto, também. Amanhã, logo se verá…

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10.05.19

Electra Hawaii


Rui Pereira

Uma amiga queria comprar uma bicicleta. Um amigo queria vender uma bicicleta. Em causa, uma espetacular cruiser – Electra Hawaii. Fiz de mediador e o negócio concretizou-se. Fui levá-la. Por razões várias, a amiga acabou por não andar na bicicleta como seria suposto. Mas tenciona agora inverter a situação, e assim, lá a fui buscar, apenas para uma verificação geral, considerando o tempo que esteve parada.

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Precisou de ar nos pneus, um ajuste no travão dianteiro, a lubrificação da corrente, limpeza de alguns componentes e uma passagem geral com silicone para lhe dar ainda mais brilho. Ah, substituí a tampa da válvula do pneu traseiro! Tudo intervenções que traduzem o seu excelente estado de conservação. Aliás, bastaria ter adicionado ar nos pneus para ela já ficar apta e impecável.
Fui dar uma volta com ela (como não?) e, mesmo exibindo demasiadas flores para o meu gosto, é uma delícia de pedalar. Atenção, é um estilo específico, feita para rolar confortavelmente nas calmas. De dimensões e peso consideráveis, pneus gordos e desmultiplicação a contar com apenas 3 velocidades internas, revela vocação para rolar em locais planos e espaçosos.

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O seu “travão de pedal”, que se aciona rodando os pedais para trás, exige alguma habituação, principalmente para quem nunca teve contacto com o mesmo, até porque o mais convencional travão dianteiro de ferradura serve apenas como auxiliar, revelando um comportamento muito pouco contundente.
Não são defeitos, são caraterísticas. Tal como é a sua excelente qualidade de construção e elevada atenção aos pormenores, a sua estética exuberante e o seu extraordinário conforto!

23.01.19

A minha bicicleta de culto - Specialized Allez Steel


Rui Pereira

A minha Specialized Allez Steel está a fazer 8 anos. Durante o seu tempo de vida tem recebido sempre alguma atenção da minha parte, mas chegou a hora de levar as coisas um pouco mais além e atribuir-lhe outro estatuto. Houve uma altura, quando era a única bicicleta de estrada que tinha, que foi bastante solicitada. Com a entrada de outra opção passou a ser encarada como a bicicleta do rolo que apenas saía pontualmente. A partir de hoje as coisas mudaram. Nova abordagem. Novo posicionamento. Ela já merecia. Digamos que alcançou o estatuto de bicicleta de culto. É aquela bicicleta para apreciar, seja estaticamente, seja para dar uns passeios descontraídos, sempre que quiser e o tempo permitir.

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Não lhe fiz grandes alterações nem intervenções, apenas coisas básicas (limpeza, lubrificação e afinação) para lhe manter o bom aspeto e a “saúde” geral. Mas houve um assumido regresso às origens. Desde logo o guiador voltou a estar coberto por fitas brancas, umas clássicas em pele sintética perfurada, e o selim e a cassete 12-26 originais voltaram às suas posições. Foram trocados os parafusos que apertam o guiador e o aperto rápido dianteiro devido à corrosão. Para finalizar troquei as câmaras-de-ar e montei uns pneus novos – Vittoria Zaffiro. Recentemente tinha-lhe trocado os calços dos travões e o tubo de selim.
Não é, nem está perfeita, mas está mais perto!