12.05.21
Fazer o que faz bem!
Rui Pereira
A dificuldade que tem em erguer a cabeça é notória. Salva-se o momento em que, apressadamente, monta a bicicleta e segue na direção do que lhe faz bem e de quem lhe quer bem. Compreensível a pressa.
O céu e o mar são azuis, mesmo que não sejam, e os sorrisos aliviam o semblante carregado de quem acarta o mundo às costas. O corpo não revela as quatro décadas e meia de vida, mas a gota de suor que lhe escapa da testa é um sinal da fuga ao nocivo.
A experiência deixou a nu aquilo que já sabia que ia acontecer, mas não queria ver. De forma crua e arrebatada. Tanto fugiu. Não ia durar a vida toda. Sente-se sozinho no meio de uma encruzilhada sem saber que caminho seguir. Sem saber qual é o seu…
No mar e na natureza está tranquilo. Quando monta a bicicleta, confortável. Mesmo que ocasionalmente assombrado por pensamentos nefastos. Precisa de equilíbrio. Sabe que tem de tomar decisões. Tem de traçar um percurso. O seu...
Ainda não sabe bem como, mas, certamente, fazendo o que lhe faz bem lhe ilumine o sentido.