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Bike Azores

A experimentar o verdadeiro sentido da palavra liberdade!

14.10.22

Exemplo


Rui Pereira

A lei permite circular a par com outro utilizador da bicicleta?
Sim, permite.
A lei obriga a circular a par com outro utilizador da bicicleta?
Não, não obriga.
A lei é incompatível com o bom senso?
Não, não é.
A lei impede de facilitar a vida aos automobilistas se for possível?
Não, não impede.
A lei impede de ser cordial e empático na estrada?
Não, não impede.

Não imponhamos os nossos direitos à força.
Marquemos a nossa presença.
Façamo-nos respeitar. Respeitemos.
Sejamos nós, os utilizadores das bicicletas, os primeiros a dar o exemplo.

18.09.22

Paris

Mobilidade suave


Rui Pereira

paris1.jpg

paris2.jpg
Trânsito proibido com exceção para as bicicletas e corredor próprio para o efeito.


Enquanto por cá continuam a sentir-se os efeitos do lobby automóvel e a falta de coragem política para tomar medidas concretas e discriminar positivamente os meios de transporte que permitam uma mobilidade suave, ativa ou não motorizada, como quiserem.
Não é só fazer ciclovias!

09.05.22

BIKES vs CARS

Documentário


Rui Pereira

Ontem não andei de bicicleta. Hoje, vim de carro.
O dia acordou incrível. Céu limpo, pouco vento, fresco, ideal para andar de bicicleta.
Ontem não estava bom para andar de bicicleta. Depois até ficou, mas deixei-me ficar em casa.
Hoje arrependo-me. Porque não saí, porque exagerei nas porcarias que comi. Em casa exagero sempre.
Mas vi um bom documentário – BIKES vs CARS. Ganhei ainda mais noção da gravidade do problema. Da triste realidade. Do braço de ferro. Do peso da indústria automóvel. Dos números. Da coragem e persistência de quem faz da bicicleta o seu meio de transporte. O seu modo de vida…
Gostava tanto de ter vindo hoje de bicicleta para o trabalho!

 

11.12.20

De bicicleta pela mão!


Rui Pereira

Quando falei em limitações um dia destes, ilustrei o texto com uma imagem que não tinha a ver com o assunto, mas que na realidade e ao nível das implicações, também envolveu a mesma necessidade.

proibido_bicicletas.jpg

 

Esta é a imagem que demonstra exatamente o referido. Uma situação que me custa um pouco aceitar, mas que até consigo compreender. Não tenho como evitar. Se quiser continuar a utilizar a bicicleta em algumas das minhas deslocações diárias, alguns metros (felizmente poucos) terão de ser feitos sempre com a bicicleta pela mão...

Assim farei.

30.11.20

Limitações


Rui Pereira

Ninguém disse que seria fácil.

Mais entrave menos entrave.
Mais sensibilidade menos sensibilidade.
Mais subida menos subida.
Mais rasante menos rasante.
Mais carro menos carro.
Mais decisão menos decisão.

Mesmo quando as coisas pareciam rumar no sentido certo.
Perante o revés podia indignar-me… vou antes aceitar e adaptar-me.
É apenas mais uma pequena limitação nas minhas deslocações de bicicleta.

globe_montesanto.jpg

03.11.20

Da indiferença à satisfação!


Rui Pereira

Já disse inúmeras vezes que o que faço com as minhas bicicletas, e que por inerência defendo através da escrita, não tem como intenção principal influenciar alguém. Esta partilha resulta da melhor forma que encontrei para conciliar duas das minhas paixões – as bicicletas e a escrita. Mas também para afirmar a minha opinião, trajeto seguido, objetivos e preferências.
Não quero influenciar nem agradar ninguém, até porque tenho a perfeita noção que a fuga aos padrões estabelecidos e a forma efetiva como a defendo pode muito bem ser considerada arrogante e despropositada. No entanto, enquanto acreditar e isso me fizer bem, continuarei a fazê-lo.
Digamos que comecei mal para acabar bem...
A minha indiferença acaba no ponto em que vejo o meu exemplo servir de motivação para alguém. Foi comprada mais uma bicicleta e está a ser usada; cruzei-me com ela e com o seu utilizador na estrada; partilha o mesmo espaço que a minha; disse-me que sempre que me via tinha vontade de fazer o mesmo; disse-me também que de bicicleta vem mais satisfeito e enérgico; identificamo-nos; aproximamo-nos.
Perante isso, o que posso dizer?
Satisfação!

sinal_bicicleta.jpg

29.10.20

Cidades cicláveis

Da comodidade à comodidade!


Rui Pereira

Quando se fala em melhorar a mobilidade nas cidades e se associam as bicicletas como peças importantes para este fim, pensa-se logo em ciclovias. Estes são equipamentos fundamentais para tornar mais atrativas as deslocações com um meio de transporte suave, mas não podem ser pensadas de forma isolada e sem uma estratégia abrangente, onde vários aspetos terão de ser levados em consideração.
Não basta criar percursos cicláveis para as pessoas começarem a pedalar. É preciso que estes façam sentido, assentando numa lógica de integração urbana. Construções avulsas e descontextualizadas, só porque pretendem refletir uma preocupação tão atual, são inúteis.
Desde logo, deve partir-se do princípio de que as cidades deverão ser um espaço para as pessoas e não para os automóveis. E não, isso não representa de todo a mesma coisa. Uma cidade atafulhada de carros, estejam estes em circulação ou estacionados é uma cidade claustrofóbica, espartilhada, poluída, pouco segura e nada amigável para as pessoas.
A construção de uma ciclovia deve ter como base a visão da bicicleta como meio de transporte e veículo de lazer, tal como tentar articular todas as ligações fundamentais entre zonas residenciais, comerciais, culturais, lúdicas e verdes.
Mas as ciclovias só por si não garantem a melhoria da mobilidade urbana, nem a devolução das cidades às pessoas, até porque em muitas situações são difíceis ou mesmo impossíveis de concretizar na malha urbana existente.
Uma rede de percursos cicláveis, mesmo que convenientemente pensada, nunca terá uma abrangência total, portanto, terão de haver medidas associadas no sentido de facilitar a coexistência e a partilha das vias, onde a acalmia do trânsito automóvel é fundamental.
Os princípios e as motivações, por mais relevantes que sejam, não bastam para a mudança. É preciso que se sinta mais segurança nas estradas. São precisas mais condições de locomoção, intermodalidade e parqueamento que facilitem a vida às pessoas, para que mais facilmente se troque a comodidade do automóvel pela comodidade da deslocação em bicicleta. Só com esta realização é possível perceber verdadeiramente a dimensão de todos os ganhos gerais e particulares associados.

25.09.20

"Efectivamente"

É tão bom!


Rui Pereira

gloria_mais_dobravel.jpg


Partilhar gostos, práticas, hábitos, atitudes.
Identificarmo-nos.
Saber que existe mais alguém que pensa e age como nós.
Haver quem encare as bicicletas como veículos utilitários, como meios de transporte.
Conhecer alguém que vai de bicicleta, seja aonde for, seja como for.
Haver alguém que gosta do mesmo estilo de bicicletas, das mesmas bicicletas.
É tão bom.
Efetivamente!

gloria_mais_ss.jpg


17.07.20

Deslocações com a Gloria

Bicicleta de carreto fixo!


Rui Pereira

Foi no início de julho, depois de uns dias de férias, que decidi que a Gloria Magenta seria a bicicleta para fazer as minhas deslocações diárias.
Tendo duas fixed-gear (paradas), sendo estas das minhas bicicletas preferidas e que mais gozo me dão andar, não fazia muito sentido continuar a usar as citadinas Órbita, quando podia usar uma delas, também perfeitamente adequadas para o efeito.
Na altura fiz algumas adaptações que considerei necessárias, quer pessoalmente quer na máquina, mas no início desta semana voltei à carga.

gloria_fixie_commute.jpg


- O selim já é o terceiro que a Gloria recebe, excluindo o original. Pertencente à fixie Globe, estava guardado num armário e acabou por se revelar o mais adequado para mim, até esteticamente.
- Como recurso extra de segurança deixei a pinça do travão dianteiro instalada. Já as respetivas manete e espiral também derivam da Globe. Nesta última atualização cortei substancialmente o comprimento do cabo e da espiral, apenas como apontamento estético.
- Um acessório inicialmente montado, mas que pela sua relevância destaco agora - descanso lateral. É um descanso poder contar com ele para a sustentar de pé sem ter de estar encostada a algo. Sei que costuma ser dos primeiros itens a ser dispensado, mas para mim e para o objetivo em questão é daquelas coisas que faz toda a diferença.
- Também já é o terceiro par de pedais que monto. As originais e agressivas plataformas em alumínio, nunca usadas, deram lugar a umas com gaiola, mais uma vez vindas da Globe. Estas foram trocadas por uns pedais de encaixe aos quais foram acopladas umas plataformas específicas numa das faces, que por fim cederam o lugar a umas plataformas plásticas de vocação citadina. Neste departamento, concluo que o ideal seriam umas plataformas de resina (coloridas!) com correias em nylon, para ficar perfeita.
- Não sendo uma novidade, deixo apenas nota do guiador plano que substitui o original, tendo sido cortado ao limite e que contribui definitivamente para a imagem diferencidora da Gloria.
Até agora, ter esta bicicleta como companheira de estrada nas minhas deslocações diárias foi uma decisão acertada. Se peca por alguma coisa, é apenas por não ter sido tomada mais cedo.