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Bike Azores

A experimentar o verdadeiro sentido da palavra liberdade!

09.11.22

SMG FIXED - Algumas considerações

Volta à Ilha de São Miguel em Bicicleta de Carreto Fixo


Rui Pereira

smgfixed_eu.jpg
Ela quis descansar um pouco a caminho das Furnas. Chiu...


Gostava de fechar este ciclo de textos sobre a minha volta à ilha com algumas considerações.

- Mais do que os dois dias efetivos de pedalada (15 e 16/10), esta volta começou muito antes e continuou até agora. Manteve-me ativo e ocupado.
- Devolveu-me o entusiasmo, a motivação e aquela dinâmica de criação de conteúdos escritos, e não só, que procurava e não estava a conseguir encontrar.
- Deu-me mais confiança e autoestima.
- Aclarou-me o facto de eu ser muito mais do que aquilo que faço como atividade profissional.
- Mostrou-me a importância da força psicológica e que a física não estava tão mal como pensava.
- Reforçou a ideia de que o meu percurso como utilizador de bicicletas ficará para sempre marcado pela presença das fixed-gear.
- O carreto fixo é aquele ingrediente que faz toda a diferença no resultado final da receita, seja ela qual for.
- O estado de espírito positivo produz pensamentos equivalentes.
- Às vezes antes só do que mesmo bem acompanhado.
- Não vale a pena fazer as coisas se não houver gosto e entusiasmo. Fica tudo mais fácil e natural.
- A dimensão de um desafio pode jogar a nosso favor se com ela tivermos alinhados.
- A atitude é tudo.

“As limitações físicas contam, mas as psicológicas determinam.”

03.11.20

Da indiferença à satisfação!


Rui Pereira

Já disse inúmeras vezes que o que faço com as minhas bicicletas, e que por inerência defendo através da escrita, não tem como intenção principal influenciar alguém. Esta partilha resulta da melhor forma que encontrei para conciliar duas das minhas paixões – as bicicletas e a escrita. Mas também para afirmar a minha opinião, trajeto seguido, objetivos e preferências.
Não quero influenciar nem agradar ninguém, até porque tenho a perfeita noção que a fuga aos padrões estabelecidos e a forma efetiva como a defendo pode muito bem ser considerada arrogante e despropositada. No entanto, enquanto acreditar e isso me fizer bem, continuarei a fazê-lo.
Digamos que comecei mal para acabar bem...
A minha indiferença acaba no ponto em que vejo o meu exemplo servir de motivação para alguém. Foi comprada mais uma bicicleta e está a ser usada; cruzei-me com ela e com o seu utilizador na estrada; partilha o mesmo espaço que a minha; disse-me que sempre que me via tinha vontade de fazer o mesmo; disse-me também que de bicicleta vem mais satisfeito e enérgico; identificamo-nos; aproximamo-nos.
Perante isso, o que posso dizer?
Satisfação!

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04.12.19

Preguiça, paradoxos e motivação


Rui Pereira

Ando preguiçoso. Tenho pelo menos uma bicicleta a precisar de atenção e nunca mais chega ao dia. Não são cuidados especiais, mas apenas limpeza e lubrificação básicas, que têm sido continuamente adiadas. Já lá vão semanas…
Não gosto de andar com uma bicicleta que não esteja minimamente em condições. O mesmo acontece com o carro ou a mota. Tenho um certo gosto em fazê-lo como deve ser. Até porque quando não acontece a tendência é para ir abandalhando cada vez mais. Não é para mim. Mas é o que tenho feito…
Desculpo-me com, “são muitas bicicletas!”, mas ando sempre a pensar em ter mais uma… Paradoxos da vida!
Ando preguiçoso. Ou tenho andado pouco inspirado, ou com falta de temas para abordar. Este blogue merecia mais atenção. Às vezes, dou por mim com pensamentos negativos a seu respeito. E decido afastar-me. Não por muito tempo, porque…
Vocês, que me acompanham nesta jornada virtual, não me facilitam a vida!
Seja com uma reação, um comentário, uma ligação, uma dedicatória, uma nomeação, um destaque, que me faz rever a minha postura e inverter a minha decisão.
Se tivesse quem me motivasse desta maneira para a limpeza e manutenção da(s) bicicleta(s), já a(s) tinha em condições há muito tempo!

22.11.19

Kettlebell


Rui Pereira

Tive vários anos a treinar com o que havia disponível no local onde o fazia. Como forma de compensar as limitações sentidas, adicionei uns pesos, dois halteres e dois discos. A certa altura fui obrigado a descartá-los.
Agora, e descartada voluntariamente a opção ginásio, continuo a contar com o que o local de sempre me proporciona, mas complementei com um “novo companheiro de treino” – um kettlebell.

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Claro que não tenho as possibilidades e a diversidade dos locais específicos, mas tenho outras coisas que não têm preço – o mar e a amizade!
Questionam-me, com admiração, se ando com o kettlebell para cá e para lá. A resposta é sempre a mesma…
Vai e vem na caixa da bicicleta. Só tenho de ter algum cuidado, porque o peso vai muito concentrado e numa posição elevada, influenciando a condução e mesmo o manuseamento da bicicleta parada. De resto, e no pior dos cenários, é mais exercício que faço.  

05.11.19

Definição tranquila!


Rui Pereira

Regressei ao ginásio em setembro. Desta feita e mais uma vez, o meu objetivo era ganhar peso, ou seja, massa muscular. Não é a primeira vez que acontece, mas espero que seja a última, uma vez que os resultados acabam por ser pouco satisfatórios. Talvez não seja mesmo o que realmente quero.
Sei que até consigo aumentar a massa muscular, mas que vem acompanhada por alguma massa gorda que considero desnecessária. Depois as práticas requeridas não estão de acordo com aquilo que acho ser razoável nos respetivos parâmetros. Acabo por comer demais e arriscar nos treinos.
Para além de descartar a "brincadeira" Ficar Grande! vou também deixar o ginásio. Sim, apenas o frequentava por uma questão de oportunidade, mas estava a forçar demasiado uma coisa que há muito deixou de fazer sentido. Sempre gostei de musculação e de ginásios, e existem coisas positivas nos mesmos, como por exemplo, o convívio. Mas depois há todo um outro lado pouco natural, que deixei de compreender e apreciar quando iniciei a prática de exercício físico ao ar livre.
Praticar ao ar livre, na praia, na natureza é tão mais satisfatório. Igualmente eficaz para os meus reais objetivos, modestos e moderados, daí não precisar de grandes equipamentos ou exercícios mais específicos. Chegam-me alguns básicos de força, umas braçadas, umas caminhadas, e claro, pedalar as minhas bicicletas!
E fico bem com menos comida. Três a quatro refeições diárias, nas devidas proporções e com a qualidade necessária. A minha água. As minhas bebidas quentes, entre chá, café e infusões. O meu chocolate com elevada percentagem de cacau... A prática de jejum intermitente. Cuidados básicos, mas sempre com permissão para exceções. Sinto-me melhor fisicamente e fico de consciência tranquila.
De falta de energia também não padeço, por tudo o que disse acima e porque faço por respeitar os meus tempos de descanso.
Objetivo: Saúde e definição tranquila!

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Fotografia: Luís Fraga (2017)

16.10.19

Ficar Grande!


Rui Pereira


Motivação com... Calum Von Moger! - Grande é favor!

É uma afirmação muitas vezes feita lá no ginásio. Essencialmente em tom de brincadeira, sendo que dessa, uns fazem mais uso do que outros. Na verdade, acho que todos queriam… Gajos! Seja como for, rimos bastante à custa disso. Não é só treinar, também é preciso descomprimir um bocadinho.

Objetivo verão 2020: Ficar Grande!

É. Mais ou menos. De facto, e pessoalmente, quero ganhar mais algum peso nos próximos meses. A última vez que me pesei, no final da primavera, se não me falha a memória, estava entre os 72/73kg. Entretanto, já ganhei 4kg – já estou a Ficar Grande!. Não, ainda não... Ainda!
Tenho alguma facilidade em ganhar e perder peso, mas só até um certo ponto, já que quando se trata de ganhar tamanho – Ficar Grande! – lá está, as coisas mudam de figura.

Ficar gordo é uma coisa, Ficar Grande! é outra!

A ideia é o aumento de massa muscular. Claro que tenho treinado mais, e quero acreditar que melhor também, e tenho comido bastante. Mais proteína. O descanso é que ainda tem de ser ajustado, incrementando mais uma hora de sono, por exemplo.

Quero Ficar Grande! Porque sim.

O conceito Ficar Grande! é sempre relativo. Para mim, é ultrapassar os 80kg! Sim, para alguns é ridículo, com certeza.

Ficar Grande! não é Ficar Enorme!

Até porque para Ficar Grande À Séria! ou Ficar Enorme! não basta querer, é preciso fazer por isso.

E eu não consigo quero!

(Julgo que haverão próximos capítulos...)

26.06.19

Estado de graça


Rui Pereira

A mudança de imagem do blogue trouxe consigo uma série de coisas positivas. Ficou muito mais apelativo esteticamente e ganhou visibilidade. Mas acima de tudo, deu-me alento e motivação, o que se traduz em mais, e quero acreditar, melhores publicações. O facto é que ando mais desperto e com mais ideias, tanto para a escrita como para a captação de imagens. São situações que estão todas interligadas e revelam toda uma nova dinâmica. Diz-me a experiência que este estado não vai durar para sempre, que é cíclico, mas enquanto durar…
Novas circunstâncias também permitem-me andar de bicicleta mais vezes, para além do habitual passeio de domingo. Tenho aproveitado da melhor maneira, em vez de desperdiçar as oportunidades, algo que tenho alguma tendência para fazer, admito.
Para além disso, tenho variado bastante de bicicleta nas minhas voltas. Elas estão todas aptas e recomendam-se, como eu gosto, o que nem sempre acontecia anteriormente. E deu-me muito gozo avançar, finalmente, com a desejada alteração na minha fixed-gear. Um componente que encontrei quando já não contava e que resultou melhor do que estava à espera.

06.06.19

«Eh pá, tu também pegas de cabeça com bicicletas!»


Rui Pereira

Não pego necessariamente de cabeça, mas sim, gosto muito e estão muito presentes na minha vida. Por princípio, conveniência, liberdade, exercício físico e prazer.
No entanto, sou o primeiro a afirmar que nem toda a gente tem de andar de bicicleta. De facto, existem muitas vantagens na sua utilização, mas tendo em conta as necessidades e as circunstâncias individuais, isso não tem de ser exatamente assim.
Há quem tenha limitações físicas, quem tenha outras alternativas e preferências relativamente ao exercício físico e ao lazer, quem não tenha necessidade ou possibilidade de utilizar uma nas suas rotinas diárias. E há quem não goste de bicicletas nem de pedalar, e prefira simplesmente andar a pé.
As bicicletas estão na moda. Mas mais do que estar na moda, estão a ser encaradas, e bem, como uma ferramenta muito útil para a mobilidade, para a saúde e para a qualidade de vida das pessoas. De brinquedo para crianças ou de veículo no fundo da hierarquia dos meios de locomoção, para excelente aliada no exercício físico e competente alternativa ao automóvel em meio urbano.
Também se pegar de cabeça com bicicletas, não me faltam motivos para isso!

06.05.19

Bora!


Rui Pereira

- Bora c*****o!
- Bora!
- Bora!

Foi assim que fui brindado ontem no decorrer do meu habitual passeio de bicicleta!
Ia então já a caminho de casa, em carga e a um ritmo muito lento, devido à inclinação da via, quando sinto a aproximação de um automóvel. Normalmente penso – lá vem rasante! Não foi o caso. Lado a lado comigo, os seus dois ocupantes, mas principalmente o passageiro (braço fora da janela e mão a bater na porta), gritam-me, exuberantemente, as referidas palavras!
Não conheço os rapazes, mas agradeço o entusiasmo e a força. Tornaram mais leve e divertida o que faltava da subida!

25.01.19

A banhos!


Rui Pereira

Começo a pedalar de pé. Dou o arranque para mais uma pausa de almoço. Debaixo de mim tenho a companheira do costume.
Contra o vento, pressiono os pedais, como se tentasse esmagá-los, para a impulsionar rápido para a frente. Ela responde como pode, não foi feita para estes stresses. A sua onda é mais sem pressas… Nas calmas…
O vento salgado de sueste fustiga-lhe o metal. A água salgada e fria enregela-me a pele. Faço movimentos rápidos e agasalho-me. Alimento o corpo com uma refeição que não está quente, infelizmente.
Arranco de regresso. Faço um desvio. Sinto uma ligeira dormência na extremidade dos membros inferiores. Ignoro e pedalo vigorosamente. O tempo escasseia e condiciona a ação.
Já me banhei nas águas deste nosso mar. Não tarda “banhar-me-ei” em tradição, em melodia, em música açoriana!

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