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Bike Azores

A experimentar o verdadeiro sentido da palavra liberdade!

15.09.21

Atualizando…


Rui Pereira

Dia 13 – Comprei mais uma bicicleta. Já tinha contactado o seu proprietário em julho, mas não chegamos a acordo quanto ao valor. Entretanto, baixou o preço e assim já foi possível efetivar a compra. Mais uma “singlespeed/fixed-gear”. Está parcialmente desmontada à espera da minha decisão: Com ou sem carreto fixo?

Dia 14 – O SapoBlogs destacou um texto que publiquei ontem. Curiosamente, no dia em que comprei uma nova bicicleta partilhei a “aquisição” da anterior, a Sirla. Um reflexo da desatualização do blogue. Já está mais ou menos decidido que a Foffa será mais uma carreto fixo, mas lá continua meia despida e pendurada.

Quero ver se a apresento logo. E quero dar início à limpeza e montagem de acordo com o que pretendo que seja. Se mantê-la com a roda livre não seria despropositado, sendo mais uma alternativa pela diferença, de carreto fixo é realmente a minha opção preferida, por tudo o que já explanei noutras publicações sobre este peculiar conceito.

Uma nova bicicleta é sempre algo satisfatório, mas…

Dilema: Se por um lado a aquisição de mais uma bicicleta com estas características é a afirmação e reforço da minha ligação e preferência, por outro lado afasta-me ainda mais de um hipotético objetivo de investir numa carreto fixo “à séria”…

Ainda por falar em bicicletas de carreto fixo. Se há coisa que me dá gosto é encontrar alguém com quem possa falar, alguém que as reconheça, com quem partilhe ideias. Já não me sinto tão sozinho neste gosto, nesta abordagem. Ontem aconteceu e com mais de uma pessoa.

Às vezes, acho que devia ser mais abrangente e incisivo na partilha. Não no sentido de influenciar, mas no de dar a conhecer.

11.12.20

De bicicleta pela mão!


Rui Pereira

Quando falei em limitações um dia destes, ilustrei o texto com uma imagem que não tinha a ver com o assunto, mas que na realidade e ao nível das implicações, também envolveu a mesma necessidade.

proibido_bicicletas.jpg

 

Esta é a imagem que demonstra exatamente o referido. Uma situação que me custa um pouco aceitar, mas que até consigo compreender. Não tenho como evitar. Se quiser continuar a utilizar a bicicleta em algumas das minhas deslocações diárias, alguns metros (felizmente poucos) terão de ser feitos sempre com a bicicleta pela mão...

Assim farei.

30.11.20

Limitações


Rui Pereira

Ninguém disse que seria fácil.

Mais entrave menos entrave.
Mais sensibilidade menos sensibilidade.
Mais subida menos subida.
Mais rasante menos rasante.
Mais carro menos carro.
Mais decisão menos decisão.

Mesmo quando as coisas pareciam rumar no sentido certo.
Perante o revés podia indignar-me… vou antes aceitar e adaptar-me.
É apenas mais uma pequena limitação nas minhas deslocações de bicicleta.

globe_montesanto.jpg

29.05.20

O tão badalado regresso à normalidade!


Rui Pereira

Implica:

- Montar e pedalar as minhas bicicletas na rua.
- Pedalar para ir ao mar.
- Ter pedalada para retomar em pleno o exercício físico.
- Ganhar pedalada para ler e escrever.
- Encher os pneus ao blogue e pôr-lhe a andar.

A minha suposta disciplina, baseada em hábitos e rotinas, esvaziou-se com a quebra destas...

Uma boa melodia, mesmo que pesada e obscura, para mim, é sempre inspiradora!

26.03.20

Ficar em casa!


Rui Pereira

Hoje levantei-me relativamente cedo, fiz a barba e restantes práticas higiénicas, vesti-me e bebi um copo de café. Fiz umas flexões.
Podia ser a descrição de um início de dia ideal para quem está a trabalhar a partir de casa, onde as rotinas são mantidas, mas não passa de uma exceção. As flexões, por exemplo, já nem sei quando foi a última vez...
Não que tivesse uma vida muito ativa e entusiasmante, mas como metódico que sou, tinha as minhas rotinas e os meus hábitos bem implementados, segmentados e organizados. Esta mudança abrupta deixo-me um bocadinho à toa, que é como quem diz, desmotivado e preguiçoso.
Ficar em casa e não ter de ir trabalhar foi o que sempre quis, mas não nestas circunstâncias!
Tenho falhado nas rotinas, na alimentação, no exercício físico, na escrita. Nem tenho vindo aqui para acompanhar as publicações de quem sigo. Mesmo com as normais obrigações relativas ao teletrabalho, agora que supostamente tenho mais tempo e mais devia fazer, nem que fosse para distrair de toda a triste realidade que se vive atualmente, menos faço.
Não faltam exemplos positivos de quem não se deixa abater pelas novas circunstâncias e faz, treina, arruma, cria, inventa...
Mas hoje levantei-me relativamente cedo e quis inverter esta tendência. Por isso escrevo este texto, na tentativa de desabafar, motivar-me e comprometer-me. É que agora, mais do que nunca, a falta de tempo não é desculpa!

06.03.20

“Esta bicicleta é tua ou é do teu filho?”

Órbita Eurobici


Rui Pereira

orbita_eurobici_pm.jpg

Depois de ter adquirido a Órbita Classic, a Eurobici, da mesma marca, ficou condenada à imobilidade. Em alguns anos, utilizei-a uma meia dúzia de vezes. Devido a um problema técnico, reincidente, na Classic, a minha dobrável portuguesa voltou ao ativo.
O facto de ser compacta, a principal razão da sua compra, deixou de ser uma prioridade, mas a permissão dada pelo seu quadro aberto para montar e desmontar sem ter de alçar a perna é uma grande mais valia esquecida. De resto, as suas pequenas rodas de 20 polegadas e a curta transmissão exigem grande rotação das pernas para, mesmo assim, conseguir pouca velocidade.
Pormenores técnicos à parte, esta pequena bicicleta é tão agradável de pedalar. Depois de adequar a atitude é um gosto fazê-lo. Sinto-me tão bem aos seus comandos!

13.02.20

Rotina de carreto fixo!


Rui Pereira

Um dia destes perguntaram-me se já estava rotinado a andar com a minha fixed-gear.
Tendo várias bicicletas é normal que vá variando entre elas. O facto é que não ando tantas vezes como isso, principalmente agora que os dias são mais curtos. Por um lado, é menos o mais do mesmo, por outro, nunca ganho aquele à vontade que teria se andasse quase sempre com uma ou duas delas.
Tratando-se de uma bicicleta de carreto fixo, que também não é nenhum bicho de sete cabeças, a exigência e o período de adaptação são ainda maiores. O uso continuado e a proximidade fazem toda a diferença. Por exemplo, e por força do hábito, não era raro esquecer-me de que não é possível parar de pedalar a meio da pedalada, nem é possível ajustar o pedaleiro para fazer aquela curva mais apertada a exigir alguma inclinação da bicicleta.
Os pedais não param! Não é possível desmultiplicar a transmissão! É preciso abrandar com as pernas! – São mensagens que convém assimilar.
Hoje, tenho duas fixies e já estou muito mais rotinado com elas e com as suas diferenças. A mudança da “ficha” acontece naturalmente assim que as monto e os esquecimentos, sempre lembrados da pior maneira, praticamente já não acontecem.
Mas já atirei a toalha ao chão e tive a minha primeira fixie na configuração singlespeed durante algum tempo…
Agora conheço bem as suas caraterísticas, manhas e manias, e automaticamente sou um ciclista diferente. Já não vou tão tenso e apreensivo, nem focado nas dificuldades. Elas são assim, exigentes e limitadas, mas também únicas, desafiantes e espetaculares. Aprendi a desfrutar disso!
Não escondo o orgulho e a satisfação que tenho de andar de fixed-gear. De ser diferente. De não ter reprimido o gosto e a vontade que tive de ter uma bicicleta deste segmento, apesar de todos os indicadores apontarem não ser boa ideia fazê-lo.

29.01.20

Até não poder mais!

Órbita Classic


Rui Pereira

Recentemente, ponderei adquirir uma nova bicicleta citadina para substituir a minha Órbita Classic nas minhas voltinhas diárias. Esta bicicleta há muito que deixou de receber grandes atenções da minha parte, porque resignado e numa fase menos dedicada, decidi que ela estaria à sua sorte, mesmo consciente do pesado ambiente que tem de enfrentar diariamente. Estamos a falar de uma bicicleta modesta, equipada com material acessível e pouco robusto, portanto, não será difícil adivinhar o resultado, tendo em conta as circunstâncias e o uso descuidado que lhe dou. Ela tem acusado isso tudo. Já foi alvo de intervenção especializada um par de vezes, o que até é pouco. São intervenções ligeiras e económicas, mas os problemas tendem a persistir e novos a aparecer. Encaro toda essa situação com normalidade, até porque estou bastante consciente da sua realidade. Então, se calhar, o melhor era comprar outra bicicleta. E o que faria com esta? Pode estar feia e defeituosa, mas continua a cumprir a sua função. Vou pendurar-lhe numa parede sabendo-a apta e gastar dinheiro noutra bicicleta? Surgiu a possibilidade de uma bicicleta usada, de muito melhor qualidade, pouco uso, adequada à função e por um valor apetecível... Ainda não vai ser desta. Outras oportunidades surgirão. São voltas regulares - diárias, mas curtas e sem grandes exigências, exceto o ambiente litoral onde ocorrem, e a Órbita vai ter de continuar a andar até não poder mais. Ela e a sua caixa da fruta que tanto jeito me dá. Terá de ser novamente intervencionada, no sentido de colmatar as suas falhas técnicas, mas continuará na estrada, mesmo que cada vez mais feia, velha e ferrugenta!

orbita_classic.jpg

27.01.20

Há sempre um dia…


Rui Pereira

Fechei o casaco. Meti o gorro. Mesmo assim, cheguei frio e ofegante. Com dormência na ponta dos dedos. Vim numa luta contra o vento. Tentei esgueirar-me entre as suas rajadas. Como se isso fosse possível. Pedalei o mais rápido que pude, em esforço. A fazer uma corrida com as nuvens. Com a chuva! A ver quem chegava primeiro. A ver se ela não me apanhava e se eu não a apanhava. Já lá vão muitos assaltos. Estamos empatados. Não. Sou justo. Tenho ganho. Mas, há sempre um dia… Não foi hoje!

12.09.19

Do comodismo ao luxo!


Rui Pereira

ride_a_bike.JPG
"TP15"

Mudar, e implementar um novo hábito, principalmente quando este choca substancialmente com a nossa comodidade e zona de conforto, não é fácil. Fácil é arranjar desculpas para não o fazer!
Trocar o carro pela bicicleta nas minhas deslocações urbanas foi bastante difícil. Este hábito, a que chamo de luxo agora, levou algum (muito) tempo a ser implementado. Após o seu arranque aguentei apenas uma semana e facilmente cedi à voz que me sussurrava a cada saída:
«Deixa-te disso. Pega na chave do carro e vamos embora!»
Só alguns meses depois, por força das circunstâncias mais determinado do que nunca, ciente dos erros cometidos anteriormente e da inevitabilidade dos fatores que não dependiam de mim, adaptei-me e empenhei-me nesta mudança que se tornou um hábito impensável de mudar, um luxo impossível de deixar.