28.11.19
Irreverência ciclística!
Rui Pereira
Todas as semanas visto-me a rigor, que é o mesmo que dizer - de licra, para andar de bicicleta. Ando todos os dias com roupa normal, mas considerando a natureza da volta semanal, acaba por ser uma necessidade vestir equipamento mais adequado.
Cada vez faço menos questão disso. Aliás, se andasse todos os dias de forma mais significativa, a minha volta de domingo perderia sentido e a licra seria dispensável.
Este vistoso equipamento, de que tantos gostam e as marcas apostam, já não me é tão apelativo como dantes. Há cada vez mais preocupação em conjugar grafismos e cores espetaculares, mas nem mesmo assim me sinto atraído, o que não quer dizer que não reconheça a sua qualidade estética, e não só.
Pelo contrário, e do pouco que tenho comprado, a minha opção recai essencialmente na discrição. Cores básicas, padrões únicos e grafismos conservadores. Tenho poucos equipamentos e alguns com muitos anos, e chegam-me perfeitamente.
Cativa-me muito mais a irreverência estética de um ciclista urbano aos comandos de uma fixed-gear. Envergando um boné (de ciclista, clássico, com a pala virada para cima), uma t-shirt (básica, de algodão, com ilustrações ligadas à bicicleta), uns calções (de ganga, com o mosquetão porta-chaves e o cadeado em “U” pendurados), uma mochila (de mensageiro, à tiracolo), umas meias (a meia perna, coloridas e extravagantes) e umas sapatilhas (tipo “skater”, coçadas, enfiadas nas correias dos pedais).
Ou simplesmente roupa. Atitude. Irreverência.
- Exemplo disso é o vídeo que se pode ver abaixo.