06.04.21
Motas
Rui Pereira
Foram. Mas não totalmente esquecidas.
Quando se gosta...
Os pedais substituiram os motores, e bem, mas não trouxeram indiferença.
Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]
06.04.21
Rui Pereira
Foram. Mas não totalmente esquecidas.
Quando se gosta...
Os pedais substituiram os motores, e bem, mas não trouxeram indiferença.
20.09.19
Rui Pereira
Gosto de scooters e gosto ainda mais de Vespas!
Em 2007 tive uma. Vespa GTS 250 (cinza prata).
Que bela scooter!
Às vezes fazemos asneiras e arrependemo-nos delas.
Muito dificilmente voltarei a ter outra...
Resta-me contentar com as que vou vendo por aí.
12.07.19
Rui Pereira
As cidades são ricas em variedade. No que diz respeito aos veículos, vê-se de tudo. Aos automóveis ligo menos, mas não fico indiferente àquele que por alguma razão se destaca pela diferença. Às motas ligo mais, principalmente aos modelos personalizados ou de outros tempos. E depois ando literalmente atrás das bicicletas e de tudo o que lhes diga respeito. Curiosamente, quando andava à procura de uma loja de bicicletas, tropeço nestes dois espécimes motorizados, lado a lado. Um expoente germânico das modernas viaturas elétricas e uma scooter que tinha tanto de antiga como de exótica, protagonizando um verdadeiro contraste urbano.
09.04.19
Rui Pereira
Este domingo os pedais deram lugar ao acelerador. Saí montado em duas rodas na mesma, mas em algo motorizado e mais encorpado. Não muito.
A minha modesta scooter 125 completa este ano a respeitosa idade de 10 anos, mas só domingo é que superou a fasquia dos 4 mil quilómetros.
A senhora da casa ganhou medo e nunca mais lhe pôs as mãos em cima; a função de transporte alternativo nunca foi realmente exercida porque conseguimos conciliar as deslocações necessárias com o carro; no meu tempo de lazer a prioridade é a bicicleta. Aqui estão os 3 principais fatores que explicam uma ridícula média de cerca de 400 quilómetros por ano.
Esta mota é uma daquelas coisas que não faz muita falta, mas já que está, fica!
E foi ficando. E as baterias vão andando. E vou ligando e pegando nela, de vez em quando, só porque tem de ser. Porque se não o faço, é dar-lhe ao pedal e… era o pegavas. Acaba por pegar sempre, mas às vezes custa.
Mas desta vez, nem necessidade, nem obrigação. Fui andar de mota porque quis, porque não me estava mesmo nada a apetecer andar de bicicleta!
Não é comparável com algumas das motas que já tive, claro, mas mesmo automática, com suspensões débeis e com uma potência diminuta, dá para sentir um pouco daquele prazer de condução quando se leva de forma ligeira de curva em curva. A saída das curvas é lenta e então se o piso inclina pior, mas acaba por ser divertido tentar manter o ritmo, sempre muito tranquilo (hum…) e legal (há sempre um lado positivo).
Era menino para ter uma coisa mais encorpada. Mas nada como noutros tempos sonhei ter. Até podia ser mesmo uma 125 com um caráter mais desportivo, ou uma 250, ou vá lá, no limite uma 400!
Para já, esta vai dando para a despesa, ou melhor, vai dando despesa!
Tenho obviamente outras prioridades neste momento, mas quem gosta…
“Não tento explicar às pessoas porque é que ando de mota. Para os que compreendem, nenhuma explicação é necessária! Para os que não compreendem, nenhuma explicação é possível…” (Autor desconhecido)
06.10.08
Rui Pereira
Se fosse um bocadinho mais preconceituoso e menos mente aberta em relação às motas, se calhar era-me benéfico.
Senão vejamos:
- Se apenas gostasse de motas italianas, equipadas com motores 2 cilindros em L, distribuição desmodrómica, embraiagem a seco, e vermelhas já agora, não seria difícil – A minha mota teria de ser uma Ducati!
- Se apenas gostasse da marca e estilo de mota que conduziu Valentino Rossi nos últimos tempos, também não me chateava muito – A minha mota seria uma Yamaha!
- Se apenas gostasse de motas do maior construtor mundial, seria óbvio – A minha mota seria uma Honda!
- O mesmo se aplica aos segmentos e ia por aí a fora…
Mas não sou assim e se tentasse ser seria mau, por um lado, estaria a enganar-me a mim próprio, por outro, não iria apreciar o melhor que cada marca/segmento oferece, um verdadeiro desperdício, diga-se de passagem.
A simpatia que nutro pelas scooters surgiu a partir do momento que tive a minha Honda Vision, tendo sido reforçada de forma definitiva quando tive recentemente a Vespa GTS.
Outras das responsáveis pela minha aproximação a este segmento são duas máquinas que apresentam um conceito muito inovador, com as suas 2 rodas na dianteira, embora com diferentes posturas entre si. Falo da Piaggio MP3 e da Gilera Fuoco 500.
Destaco ainda os fabulosos valores apresentados (75 cavalos de potência e 200 km/h de velocidade máxima) da scooter mais potente e rápida de sempre, a Gilera GP800, que me impressionam.
Mas existiu um outro momento que me marcou. Foi quando tive o prazer de ver todos, ou quase todos os detalhes de uma Suzuki Burgman 650 Executive ABS (AN650A), que me deixaram literalmente de boca aberta!
Não só os detalhes em si, mas também o gosto como me foram mostrados pelo seu proprietário, o que pode fazer toda a diferença.
A pessoa em causa, um verdadeiro motard, é conhecido por tratar das suas motas de forma dedicada, tendo estas sempre, um aspecto irrepreensível, arriscaria mesmo dizer, melhor que (algumas) novas! De forma simpática também, utiliza nas suas intervenções online, uma assinatura à qual acho muita piada, mas que no fundo caracteriza a sua maxi scooter:
“Numa "Burgman", você vai (muitíssimoooooo) mais bem sentado do que nas ... "outras" !!!”
Normalmente intituladas depreciativamente de “sofá com rodas”, no fundo esta designação faz todo o sentido, tal é o conforto proporcionado aos seus comandos, tanto pelo seu assento, como pela sua ergonomia geral e protecção aerodinâmica, com um “vidrinho” frontal regulado em altura por um “botãozinho” no punho direito.
“Mota de velho”, é outra, pois deve ser, e eu a caminho dos 33 anos, devo estar a ficar, por isso mesmo aprecio um bicilíndrico de 638cc, com 55 cv, de injecção electrónica de combustível, acoplado a uma evoluída caixa de velocidades, que tanto pode apresentar-se totalmente automática, como sequencial de 5 velocidades seleccionadas no punho esquerdo.
E os “velhos”, caso pretendam, podem lançar-se a cerca de 190 km/h no “sofá com rodas”, com toda a segurança e estabilidade, mas que também curva, desengane-se quem ache que não!
E parar? Travões de disco, 2 na dianteira, com ABS servem?
E são compartimentos para arrumação, uma enorme e iluminada bagageira, tomada isqueiro, painel digital e…
Podia estar aqui a descrever as qualidades desta Burgman por muitas mais linhas, pois não são poucas.
Pode ser tanto um veículo de lazer, como utilitário, apenas há que contar com o seu porte e peso, que sempre são 243 kgs a seco, apesar de bem distribuídos e com um centro de gravidade baixo.
A Suzuki conseguiu um equilíbrio muito bom com esta maxi scooter, apresentando uma estética clássica e muito bem conseguida, que cobre diversa tecnologia de ponta, a um preço que não é baixo, mas certamente justo, para o que oferece (9.600€).
Há quem não goste, quem não se identifique também, e terão todo o direito para isso, mas falar só por falar, só porque é uma “acelera” é que é chato. E a atitude “bota abaixo” não fica bem a ninguém!
Paixão ou razão?! Sinceramente não sei, é relativo, mas acredito que exista quem compre uma scooter destas por paixão.
Não estou comprador de uma, mas gosto de apreciar e dar valor ao que realmente é bom e por isso mesmo aqui fica o meu testemunho. E não, não foi encomendado por ninguém!