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Bike Azores

A experimentar o verdadeiro sentido da palavra liberdade!

20.02.24

Protagonista


Rui Pereira

A identificação pode ocorrer de várias formas. À partida quando abro um vídeo sobre skates, mais exatamente surfskates, sei que pode acontecer. O sugestivo nome “Welcome Spring”, do vídeo da YOW Surf, era um bom indício.
A par das bicicletas de carreto fixo [fixed-gear], os surfskates são um reflexo das minhas preferências e do meu estilo de vida. Para ser mais correto, daquele estilo de vida que gostava mesmo de ter. Considero-me próximo, mas não estou sempre lá. Contudo, identifico-me. Reflexo daquilo que sou na minha essência, mas que as circunstâncias da vida de alguma forma me afastaram.
Seja como for, trilhei no sentido do regresso às origens. Contra as limitações físicas advindas da idade, das sequelas derivadas de lesões, das limitações técnicas motivadas pelo afastamento. E foi o melhor que podia ter feito.
Hoje tenho várias opções e faço o melhor que posso. Empenho-me sobre os meus surfskates e divirto-me. Mesmo que à vista não esteja a fazer assim tanto. Mas para mim…
Quando levo o skate na mão ou sigo sobre ele, sinto-me alinhado. Tenho o estilo de vida certo. Vou com gosto e orgulho. Simples...
Desempenho o verdadeiro papel de protagonista na minha vida!



14.11.23

Novo surfskate

Longboard Surfskate Cruising 32 Carve 540 Bird


Rui Pereira

Vendi um surfskate no início do ano. Agora, comprei outro.
Uma oportunidade que surgiu por um acaso foi o suficiente para não resistir e trazer comigo o surfskate que já queria há muito tempo.
Este longboard é a prova de que um produto de uma marca de grande superfície também pode ter qualidade e ser competente, por um valor substancialmente inferior à concorrência mais conceituada.

carve_540_bird.jpg

Já mais entendido do seu funcionamento e com maior perceção do meu nível de skater, cheguei à conclusão que uma tábua maior e uns trucks mais “rígidos” acabam por criar um conjunto mais adequado para mim. Mesmo que tenha de ser muito mais empenhado no pump para o fazer avançar.
Claro que isso não belisca minimamente a posição cimeira do melhor surfskate que tenho, mesmo com características opostas. Não será a maior adequação o suficiente para o destronar.
Este meu novo skate é menos ágil e nervoso, o que o torna obviamente mais estável e previsível. Precisa de mais espaço para se movimentar, mas atinge uma boa velocidade de cruzeiro depois de lançado.

surfskates.jpg


Nenhum deles se substitui, complementam-se.

24.11.22

Uma questão de idade

Skates


Rui Pereira

Sobre skates e surfskates. Conversa com um rapaz que conheci por estarmos os dois a andar de skate.

- Vou fazendo aquilo que posso à minha maneira. Comecei tarde e depois a idade...
- Eu também comecei tarde. A idade não interessa.
- Pois, também é verdade. Que idade tens?
- 31.
- Tenho 46!
- Ah, pois, já é outra idade.
- Pois...
  (Risos)

ripsurf.jpgEste é um waveboard, não um surfskate, mas há falta de melhor imagem...

 

14.07.22

Arbor - Tyler Warren Shaper

Surfskate


Rui Pereira

Encerrei o capítulo dos skates.
“Quem compra barato, compra duas vezes”… Mas se não compro barato, muito provavelmente nunca teria experimentado e chegado até aqui.
O capítulo encerrado nada tem haver com a sua utilização, muito pelo contrário. Agora que já tenho variedade e qualidade só me resta usufruir.
O meu último surfskate é fantástico. Excelente desenho e grande qualidade de componentes. Claro que é uma maravilha de andar, com um comportamento fluido e suave, e lindo de morrer! Porque, para mim que não sou um entendido na matéria, os skates valem muito como peça em si.
Segui por patamares, mas podia ter saltado um dos intermédios. Talvez tivesse de ser assim. Agora já não há mais por onde evoluir. Nem no equipamento nem no andamento.
Em cima da sua tábua, e dentro das minhas limitações, faço o que tenho a fazer. E quando não estou em cima dela... aprecio!

arbor_tyler_warren_shaper.jpg

 

02.06.22

Rodas brancas

Surfskate


Rui Pereira

dstreet_surfskate.jpg


É mais um cenário daqueles…
Um parque urbano praticamente só para mim;
As vias de asfalto ladeadas por frondosa vegetação;
O silêncio e os sons da natureza;
Um skate lindo. De rodas brancas.
Mesmo que…
Não se sinta o vento moderado e a instabilidade do tempo;
Não se note o orvalho que me obrigou a parar debaixo da árvore;
Não se veja as cores ocultas pela edição a preto e branco. Inclusive as do skate!



08.09.21

Em busca do equilíbrio perdido! (2)


Rui Pereira

surfskate.jpg


As rodas são mais baixas e em maior número, mas também servem.
Tudo o que sirva para continuar a rolar, mantendo a compostura, é bem-vindo.
A perda de equilíbrio e até as quedas fazem parte da equação, mas… dispenso-as bem!
Sim, ok, há que saber cair e levantar.
Hummm...
Deveria haver uma idade limite para cair. E um amplo crédito de risco para gastar renovável a cada três meses!
É que já custa muito, sejam de que natureza forem.

27.10.20

Bikes & Skates


Rui Pereira

O surf, como modalidade desportiva, é apelativo. Mas chateia-me a dependência de vários fatores naturais para ter as condições mínimas para a sua prática. Independentemente disso, não devo fazê-lo por limitações físicas, preferindo não correr riscos sob pena de meter em causa outras práticas prioritárias para mim. Assunto arrumado.
Já o surfskate é outra conversa. Exemplo de um domingo agradável é ter a manhã ocupada a pedalar e a tarde a rolar em cima do meu skate, aqui, já na companhia do meu filho.

fixie_sk8.jpg


A idade e uma forma própria de encarar estas coisas fazem-me agir descontraidamente e sem grandes objetivos. Na bicicleta pedalo com gosto até alcançar aquela hora razoável para o almoço. Contabilidades? Estatísticas? Deixo-as para outras áreas onde serão imprescindíveis. No skate ando para cá e para lá tentando algumas variações e mudanças de direção, dentro das minhas limitações técnicas. E sento-me, observo, troco palavras e volto a andar. As manobras, no verdadeiro sentido da palavra, deixo-as para quem realmente percebe disso.

sk8.jpg


Comecei tarde, mas sem complexos. E não tento recuperar o tempo perdido a todo o custo. Pelo contrário, fico muito satisfeito por ter tido esta abertura e hoje conseguir usufruir de uma modalidade que um dia julguei completamente fora de questão. Falo principalmente do skate, mas se pensar bem, também já aconteceu com as bicicletas, quando um dia julguei que não seriam uma possibilidade no futuro.
O futuro é hoje. E, por incrível que pareça, as bicicletas e os skates estão mais presentes do que nunca!
São estes modestos objetos que me asseguram bem-estar, descontração e divertimento. Que me fazem aliviar o peso dos problemas e das minhas frustrações. Que me proporcionam um domingo mais significativo e agradável. E quem diz domingo diz outro dia qualquer…

10.09.20

De skate


Rui Pereira

 

Os skates iam connosco para todo o lado.
Sempre na bagageira do carro, era escusado contar com o espaço que ocupavam para outro fim.

Uma manhã mais sombria com um mar a condizer – skate!
Um passeio na sua fase final – skate!
Uma estrada tranquila e apropriada – skate!
Um dia de praia a acabar com o pôr-do-sol – skate!

Dá-me muito gozo bombear e progredir no meu surfskate. Inclinar, levar a mão à tábua, curvar, mudar subitamente de direção. As parcas manobras são muito mais sentidas do que visualmente transmitidas, ou seja, parecem-me muito mais espetaculares do que na realidade são, mas chegam perfeitamente para me sentir minimamente competente e feliz em cima de uma tábua com quatro rodas!

Para além da parte funcional aprecio cada vez mais o objeto em si. Forma, cor, detalhes, função, materiais empregues.

Eu que, depois da experiência menos positiva na juventude, durante tanto tempo, achei que skates não eram para mim…